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Ícone da indústria automotiva mundial, a Ferrari sempre chama a atenção por onde passa. Não é diferente quando um modelo aparece no cinema. É certeza que irá roubar a cena. Caso da 250 GT Spyder California, ano 1961, que estrelou o filme Curtindo a Vida Adoidado, de 1986. Neste mês de junho o longa comemora 30 anos, com várias celebrações pelo mundo.

Quem já assistiu à comédia não irá esquecer a trama em que o protagonista Ferris, vivido pelo Matthew Broderick, convence Cameron (Alan Ruck) a emprestar a Ferrari do pai para dar uma voltinha.

Após um dia de passeio e muita diversão por Chicago, o superesportivo conversível retorna à garagem, mas acaba sendo destruído quando Ferris resolve tentar retroceder a quilometragem percorrida dando marcha ré com as rodas traseiras suspensas. O resultado disso só poderia ser ‘trágico’ para o dono do veículo.

Nesta cena, muitos fãs da marca italiana e apreciadores de automóvel sentiram um soco no estômago ao ver um veículo de milhões de dólares e com cerca de 100 unidades produzidas virar sucata. Porém, assim como nas cenas perigosas o dublê entra em ação para não por em risco a vida do artista, também foram usadas réplicas do carro para os momentos mais ‘perigosos’.

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Segundo relatou o diretor John Hughes, a 250 GT California, fabricada entre 1953 a 1964, era cara demais para ser usada na cena de destruição ou que colocasse a integridade do veículo em risco. Por isso, apenas tomadas de inserção (secundárias) contaram com o exemplar original. Três réplicas com carroceria em fibra de vidro foram feitas pela Modena Design and Development, empresa californiana especializada na reprodução desse modelo.

No entanto, a motorização das cópias não tinha a assinatura da casa de Maranello. Tanto, que a cena em que Ferris deixa o carro com os dois funcionários do estacionamento precisou ser regravada várias vezes, simplesmente porque não se conseguia dar a partida.

VÍDEO: Assista à cena de destruição da Ferrari

O motor original da Spyder California era um 3.0 V12, de 280 cv, enquanto o da réplica mais usada nas filmagens era um Ford 4.7 V8, que chegava a 400 cv. Esta cópia, por sinal, foi leiloada em 2013 e alcançou um lance final de R$ 750 mil (R$ 2,6 milhões em valores atuais), o que é um troco perto do valor da Ferrari autêntica do filme, também negociada em leilão em 2008 por US$ 11 milhões (R$ 37,6 milhões nos dias de hoje).

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Outro detalhe de bastidores que muitos desconhecem é que John Hughes cogitou levar para o set de filmagem um Porsche 911 Turbo ao invés da Ferrari. Mas se encantou assim que viu a Spyder California e a escolheu para fazer história entre os veículos emblemáticos do cinema, mesmo que tenha feito uso de réplicas na maior parte das cenas.

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