• Carregando...
A versão com ABS deverá ser a opção mais procurada. | Fotos: Divulgação/Yamaha
A versão com ABS deverá ser a opção mais procurada.| Foto: Fotos: Divulgação/Yamaha

A Yamaha lança a MT-07 no Brasil disposta a colocar o modelo entre os mais vendidos do segmento naked (sem carenagem). A novidade estreia em março com preços sugeridos de R$ 26.990, sem ABS, e R$ 28.490, equipada com o dispositivo de segurança.

De acordo com o diretor comercial da Yamaha, Márcio Hegenberg, a previsão é que o volume anual de vendas chegue a 3 mil unidades. Para o executivo, oferecer modelos grandes é uma estratégia global. “As motos de alta cilindrada têm um público exigente, que sempre procura novidades”. Além disso, a Yamaha precisa ampliar seu leque como forma de enfrentar a uma chuva de lançamentos e também de produtos BMW, Ducati, Kawasaki, Suzuki, Triumph e mais recentemente KTM, todos com montagem local e beneficiados pelo Processo Produtivo Básico (PPB), que permite baixo índice de nacionalização para motos com menor volume anual.

A MT-07 chega como uma alternativa mais acessível à MT-09, que foi lançada há cinco meses com preço inicial de R$ 35.990. Em 2014, a líder deste segmento foi a Honda CB 500 F, com 3.728 unidades emplacadas.

O visual da MT-07 remete ao puro conceito naked. Ao subir na moto o piloto não enxerga nada a sua frente, dando a impressão de não haver trem dianteiro. Herdado de sua irmã maior, a novidade conta com um design ousado: farol poligonal, duas entradas de ar, com os três diapasões característicos da marca.

Destaque também para a traseira, que traz assento bipartido e lanterna em led embutida. O escapamento é curto e localizado do lado direito. O tanque é feito de aço e utiliza protetores laterais plásticos que podem ser trocados, o que representa menos prejuízo para reparos em caso de quedas. A capacidade do tanque é de 14 litros.

O painel é digital e bem completo. Oferece indicador de marcha engatada, consumo médio e instantâneo, temperatura do líquido de arrefecimento e do ar de admissão, hodômetro totalizador, parcial e também para autonomia restante. Há ainda o indicador Eco, que usa como parâmetros a rotação do motor, a posição da borboleta de aceleração, a velocidade da moto e a marcha engatada. Completam o conjunto relógio, marcador de combustível e conta-giros com indicação por barras entre 4 mil e 8 mil rpm.

Embora compartilhe muito o estilo e o conceito mecânico com a MT-09, a principal diferença entre as duas está no motor. Enquanto a MT-09 aposta em um tricilindro de 847 cc, a MT-07 tem um bicilindro de 689 cc, mas também de concepção bem moderna. Pelos dados fornecidos pela Yamaha, o motor da MT-07 oferece 74,8 cavalos a 9.000 rpm e 6,9 kgm a 6.500 rpm.

A exemplo da esportiva YZF-r1, os pistões trabalham com intervalos de giros diferentes de um modelo convencional, no conceito chamado de ‘crossplane’, que proporciona melhor entrega de torque.

As suspensões contam com garfo convencional na dianteira, sem regulagem, enquanto o monoamortecedor traseiro é fixado por links de maneira horizontal e permite ajuste de pré-carga.

Com chassi de aço e uma balança assimétrica, a moto tem como uma das atrações o peso de 179 kg, sem ABS, e 182 kg com o item. O sistema de freios é composto por dois discos na dianteira, de 282 mm cada, e um disco na traseira, com 245 mm, oferecendo ABS como opcional.

Acessórios

Assim como a MT-09, a nova moto terá uma grande linha de acessórios. Alguns deles servem para as duas. A Yamaha trouxe da Europa alforjes, protetores de radiador, sliders, suportes à prova d’água para smartphones e tomada de 12 volts, entre outros. “Se levar todos os itens, o cliente gastará cerca de R$ 6 mil”, afirma o coordenador de venda de peças e acessórios, Fernando Gasques. Um desses componentes, uma pequena bolha plástica para instalar entre o farol e o painel, combina tão bem com a moto que poderia ser um item de série.

O jornalista viajou a convite da Yamaha

Ofensiva

A Yamaha é a segunda marca de motos que mais vende no Brasil, atrás apenas da Honda. Mas existe um abismo entre as duas em volume de emplacamentos. A líder fechou 2014 com 80,35% do total de licenciamento no país, enquanto a rival japonesa obteve só 12,57%. Para diminuir essa diferença, a Yamaha promete um lançamento a cada seis meses, que começou com a nova linha 150, composta por Fazer e Crosser, e continuou com a MT-09 e, agora, segue com a MT-07.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]