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Rafael Greca. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.
Rafael Greca. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.| Foto:
Rafael Greca. Foto: Antonio More/Gazeta do povo.

Rafael Greca. Foto: Antonio More/Gazeta do povo.

A briga de Beto Richa e Gustavo Fruet em 2012 se deu por um único motivo: Richa, eleito governador, não aceitava ter uma sombra a seu poder no partido. Fruet queria ser candidato a prefeito pelo PSDB. Richa, para mostrar quem era o macho alfa do grupo, bancou a candidatura de Luciano Ducci.

Eleitoralmente, Ducci era inexpressivo. Sua única chance de chegar a algum lugar era a de ser guindado ao cargo pelas mãos de Richa. Seria mais uma consagração para o governador, eleito quatro anos antes com votação recorde na capital. Apostou que tinha o mesmo dom de Lula, que elegeu Dilma e Haddad saídos do nada.

Fruet, na época, recebeu um recado por meio de João Claudio Derosso: ele precisava se conformar aos desejos de Beto e aceitar a vice de Ducci. Quatro anos depois, aí sim, seria a vez dele. Fruet deu a entender que não aceitaria. Derosso lhe disse que, nesse caso, ele que corresse arranjar outro partido. Beto estava fechando o cerco e logo sobrariam apenas PDT e PT. Acertou na mosca.

Fruet correu para o PDT, se aliou ao PT e resolveu tentar criar uma dissidência viável. Apostou que Richa não tinha como fazer por Ducci o que Lula tinha feito por Dilma. E ganhou a aposta. Venceu Ducci por uma miséria de votos. No segundo turno, derrotou Ratinho Jr., hoje secretário de Beto.

Mas Beto não cometeu o mesmo erro duas vezes. Se em 2012 apostou no seu peso eleitoral, em 2016, calçou as sandálias da humildade. Se queria derrotar Fruet, era preciso primeiro ver um candidato viável, para depois apoiá-lo. Quem surgiu com esse perfil foi Greca? Adotou-se então a candidatura de Greca. Fosse outro, seria outro.

O ponto fundamental para Beto é mostrar que ele é quem manda e que não há no Paraná ninguém que esteja em condições de desafiá-lo eleitoralmente. Quer provar que, mesmo em baixa, é ele quem dá as cartas. Que ficar contra ele só pode render dor de cabeça.

Um recado fundamental para quem quer assegurar seu futuro político daqui a dois anos e que hoje vê seu grupo à beira de se dividir.

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