Ao que tudo indica, se considerarmos as “cabeças das chapas”, a eleição ao governo do Paraná no ano que vem pode ficar marcada pela disputa entre legendas médias e pequenas, algo inédito na história da política local. É que três importantes siglas do cenário nacional, PMDB, PSDB e PT, já sinalizaram que podem não lançar candidatos próprios a governador do Paraná, optando por apoiar nomes de outras siglas para o posto máximo do Executivo estadual.
Vejamos: o PMDB, comandado hoje no Paraná pelo senador Roberto Requião, indicou na sexta-feira última um possível apoio a Osmar Dias (PDT), que já se colocou claramente como candidato a governador do estado. Para o pedetista, ter a estrutura do PMDB, que ainda comanda dezenas de prefeituras no interior do Paraná, parece vantajoso.
Para Requião, a tentativa de permanência na cadeira de senador soa mais provável, ante uma nova candidatura ao governo do Paraná. O peemedebista já esteve três vezes no comando do estado. Hoje, aos 76 anos de idade, engajado especialmente nas questões nacionais, dificilmente se arriscaria a mais uma corrida ao Executivo. Já se arriscou, aliás, nas eleições de 2014, pleito vencido ainda no primeiro turno por Beto Richa (PSDB).
Já o PSDB, que deve tentar colocar Beto Richa no Senado, tem ao menos duas opções para o Executivo estadual: o apoio a Cida Borghetti (PP), hoje vice-governadora do Paraná; ou o apoio ao deputado estadual Ratinho Júnior (PSD), ex-secretário da gestão tucana. Cida, do PP, ainda leva junto o Pros. Ratinho Júnior, do PSD, tem também o PSC no seu grupo. Todas siglas de tamanho médio e pequeno.
Até agora, o PT também não indicou um nome próprio para o governo do Paraná na disputa do ano que vem. Mas, desgastado, pode não ser bem vindo em uma eventual composição com o PMDB e o PDT, o que forçaria o grupo da senadora Gleisi Hoffmann a buscar uma chapa pura. Além disso, a necessidade de um palanque regional ao presidenciável da sigla – Lula? – pode obrigar o PT paranaense a olhar para os próprios quadros. A conferir.
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