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Um trio de problemas: direção irresponsável,  impunidade  e evasão escolar
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Primeiro: eu tenho habilitação para dirigir automóvel, mas sinceramente sinto-me ainda presa ao susto que levei há anos atrás, quando ao cruzar as imediações do Passeio Público fui atingida violentamente por um carro dirigido em alta velocidade. A preferência na travessia era minha, mas o condutor do outro veículo desatendeu todos os itens de direção responsável. O resultado desse fato? Nos dias de hoje, quando saio especialmente à noite, é com extremo cuidado que observo a tudo, embora no banco do carona ou no dos ônibus urbanos. Fiquei traumatizada com o acidente, mas o infrator foi punido, graças aos depoimentos das testemunhas ouvidas em audiência e ao ajuizamento criterioso, no Tribunal de Pequenas Causas. A sentença favorável redimiu a minha alma e crédito diante das humilhações verbais que sofri em plena rua, sob o destempero de um bêbado machista e preconceituoso, uma vez que ao reconhecer a minha condição escancarou a verdadeira pérola: ” Loooogo viiiii, éééééééé mulherrrrrrrrrr!!!! e deeee fora deeee Curitiba”.


Não sou especialista em trânsito, mas sim uma pessoa atenta e responsável, não apenas na direção de um veículo; hoje nem tenho mais vontade de dirigir um carro, embora diante de contingências extremas já tenha colocado o cinto de segurança e acionado a chave para avançar por essas ruas de Curitiba. Tenho medo, entretanto, da audácia de quem dirige sem responsabilidade – e sou a favor de todas as campanhas que estimulam a segurança no trânsito, o que subentende maior rigor na expedição das carteiras de habilitação, na fiscalização e na punição aos infratores.

Segundo – Curitiba e a região estão chocadas com o acidente que vitimou três jovens em pleno vigor das forças e possibilidades; não há quem não tenha sofrido um pouco com a dor das famílias, inclusive a do pressuposto causador da tragédia, mas agora à lei cabe não deixar impune o infrator, pois duas vidas foram ceifadas violentamente. Hoje ao ler a reportagem feita por Euclides Lucas Garcia e Caroline Olinda( Gazeta do Povo, 18 de maio) não pude deixar de acompanhar a dor das mães e pais dos que são vítimas dessa recente tragédia.

Terceiro – Há duas semanas trabalhei com meus alunos o texto de opinião e lhes pedi para que apresentassem justificativas para a evasão escolar; tomamos como material de apoio um estudo recente, feito pela FGV, mas hoje a reportagem Curitiba perde 12 alunos por dia , de Anna Simas e Paola Cariel(GP, Vida e Cidadania) alimenta com vigor as reflexões dos jovens que estão na escola e observam a fuga dos que encontram motivos para chispar da sala de aula.

Quer escrever um pouco e treinar a escrita?

Proposta 1– Examine a charge em destaque; é de autoria do Pancho (GP, 18/5). Comente objetivamente a declaração de um dos personagens; argumente com exemplos ou enumere motivos que se contraponham ou confirmem a crítica.

Proposta 2- Você conhece alguém que tenha sido vítima no trânsito? Pode descrever as consequências do acidente e se houve punição ao causador do fato?


Confira os municípios do Paraná com maior e menor índices de evasão escolar

Proposta 3 – Você conhece algum estudante que resida nas cidades de Bela Vista do Paraíso e Jataízinho ou ainda em Coronel Vivida e Capitão Leonidas Marques, respectivamente os maiores e menores índices de evasão escolar no Paraná, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Educação, em infografia da Gazeta do Povo? Pode descrever essas cidades para nós? Do que vivem os moradores e quais as opções de vida oferecidas aos jovens? Entender um problema exige muito mais do que supomos interferir na busca por soluções, concorda? Reúna dados sobre o tema; reflita e comente o assunto.

Até a próxima!

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