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O jornalista Breno Altman é acusado de endossar uma “fala antissemita” proferida pelo ex-presidente do PT, José Genoino, e “incitar uma caçada aos judeus”
Universidade Estadual do Ceará anula questão de seu vestibular após ser acusada de antissemitismo| Foto: Chris Hearn/Unsplash

Acusada de praticar antissemitismo em três questões de seu vestibular para selecionar alunos para o segundo semestre, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) anunciou a anulação de uma das perguntas. Na prova, a questão de história identificada com o número 29, sobre o custo humano na Segunda Guerra Mundial, tinha como resposta certa o item 1: "o extermínio de judeus foi uma decisão antieconômica na medida em que sua mão de obra escrava poderia ter sido mais bem explorada pelos alemães".

O vestibular da Uece começou a gerar polêmica após o cientista político estudioso do antissemitismo Matheus Alexandre abordar as três questões no X (antigo Twitter). Além de destrinchar as perguntas controversas, Alexandre questionou se o intuito da prova na verdade não era aferir o grau de antissemitismo de cada vestibulando.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) se manifestou dizendo que a questão 29 do vestibular da Uece ofende e desumaniza a memória das vítimas do Holocausto, na medida em que normaliza as atrocidades cometidas contra o povo judeu pelo regime nazista e aplica um cálculo de custo-benefício para avaliar o genocídio de 6 milhões de pessoas.

A universidade reconheceu a inconsistência da questão 29 e anunciou que ela está anulada. Já as questões 27 (sobre o êxodo do povo Hebreu do Egito para a Palestina) e 35 (sobre o aspecto expansionista territorial israelense), que também foram acusadas de antissemitismo, ainda estariam em processo de análise pela comissão responsável pelo processo seletivo da Uece. "A comissão executiva de vestibular concluiu que os itens propostos para análise deixam margem para diversas interpretações e, portanto, nenhuma dessas respostas corresponde à realidade", informou a instituição sobre a questão anulada.

Indignada com a situação, a Conib oficiará a universidade o Ministério Público do Ceará por acreditar que o caso configura ato ilícito e improbidade administrativa. A Confederação afirmou em nota que as três questões têm cunho extremamente preconceituoso, além de serem abertamente antissemitas.

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