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Peter Lanzani e Guillermo Francella em cena de “O Clã”. | Divulgação
Peter Lanzani e Guillermo Francella em cena de “O Clã”.| Foto: Divulgação

Talvez a observação soe estranha, mas o argentino “O Clã” é um filme de terror. Mais assustador que boa parte das produções do gênero despejadas nos cinemas nos últimos anos. Até porque não estamos falando de uma história com criaturas sobrenaturais, mas de um episódio real, protagonizado por aquela que aparentava ser uma família como tantas outras.

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“O importante é contar uma história que surpreenda e emocione”

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O filme de Pablo Trapero, que já é a segunda maior bilheteria da história do cinema argentino, leva para as telas um episódio real, ocorrido no início da década de 1980. À época, uma família de comerciantes ganhou o noticiário após a descoberta de que ganhavam dinheiro sequestrando e matando pessoas próximas.

Após abrir o Festival de Cinema da Bienal de Curitiba, em outubro, a produção estreia nesta quinta-feira (10) em circuito comercial.

2,1 milhões

De pessoas já assistiram a “O Clã” na Argentina, 1,5 milhão somente no fim de semana de estreia. É a segunda maior bilheteria da história do cinema argentino, perdendo apenas para “Relatos Selvagens”.

O pai da família Puccio, Arquímedes (Guillermo Francella), varre a calçada todos os dias e cumprimenta simpaticamente os vizinhos.

O filho mais velho, Alejandro (Peter Lanzani), é um popular jogador de rúgbi.

Completam a família outros dois rapazes e duas meninas, sempre unidos e fazendo suas orações antes de cada refeição.

O que ninguém imaginava é que, durante anos, um dos cômodos da residência dos Puccios estava frequentemente ocupado. Apenas a família ouvia os gritos das pessoas sequestradas por Arquímedes e os filhos mais velhos, e que acabavam mortas mesmo após o pagamento do resgate pelas famílias.

Premiado

“O Clã” venceu o Leão de Prata no último Festival de Veneza e foi selecionado para representar a Argentina na disputa pelo Oscar de filme estrangeiro.

Trapero conduz a narrativa de uma forma que prende a respiração do espectador desde o início. Ao som de rock setentista, a crueldade dos sequestradores vai sendo revelada como o cotidiano corriqueiro de uma família, o que torna todo o contexto ainda mais assustador.

Mas o que dá calafrios mesmo é a atuação de Guillermo Francella, ator pouco conhecido no Brasil, que encarna o patriarca da família Puccio. O olhar, a frieza, o tom de voz e os poucos, mas fortes rompantes, fazem de sua atuação uma das mais impressionantes dos últimos anos. Ao lado do jovem Peter Lanzani, que interpreta o filho que pouco fala, mas muito expressa, Francella e Trapero fazem de “O Clã” um filme estupendo, que justifica com sobras todo o sucesso obtido.

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Veja o trailer de “O Clã”:

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