Cineasta faz recorte etnográfico do Brasil em projeto multimídia

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Vincent Moon concentra forças, atualmente, no complexo projeto Híbridos. Realizado em parceria com a esposa Priscilla e uma produtora, Híbridos é um produto transmídia que pretende fazer um recorte etnográfico de cultos religiosos do Brasil, explorando o sincretismo religioso e musical do país.

“É o projeto mais profundo que já realizei. Penso sempre em como vamos reorganizar nossa maneira de vivermos juntos. E o Brasil é um grande país para se pesquisar sobre isso”, diz o francês. “Adoro levar minha câmera para dançar”, brinca Moon, que por aqui já trabalhou com Tom Zé, Ney Matogrosso e Elza Soares.

Nos últimos meses, ele e sua equipe percorreram o Acre, Amapá, Maranhão, Brasília, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A busca de Vincent é pelas histórias locais que ainda são capazes de definir um povo, de legitimá-lo em sua originalidade. Nos dias após o workshop, Vincent Moon pretende filmar em Foz do Iguaçu, onde há um centro de estudos de conscienciologia (movimento dissidente do espiritismo que alia ciência a experiências parapsíquicas).

Híbridos deve ser finalizado até meados de 2016. Serão vários os produtos finais, não somente um longa-metragem. “É um filme para cada ritmo que encontrar. Livros e exposições também farão parte do resultado”, explica o cineasta, que só parece viver no mundo da lua.