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Obras sobre morte não faltam, mas as que abordam diretamente o luto são menos frequentes. Veja algumas sugestões:

Livros

O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion. Ed. Nova Fronteira. 224 págs. R$ 24,90. A escritora norte-americana foi pega de surpresa pela morte súbita do marido durante o jantar. Enquanto escrevia suas memórias sobre como a perda a afetou, sua filha única corria risco de morte. Neste livro que virou referência sobre o assunto, Didion expõe como poucos a confusão mental pós-trauma, passando pelo desconcerto, as esperanças irracionais e a autopiedade antes da aceitação.

Rakushisha, de Adriana Lisboa. Rocco. 132 págs. R$ 24. "Para andar, basta colocar um pé depois do outro. Dá para ter em mente pequenas metas: primeiro só a esquina." Repetindo ordens simples a si mesma, a personagem Celina tenta voltar à vida e enfrenta uma viagem ao Japão, silenciando as dores mais profundas causadas por uma morte na família. Em seu percurso desorientado, rompe a imobilidade para permitir, enfim, as lágrimas.

DVDs

A Liberdade É Azul – (Trois Couleurs: Bleu. França, 1993)

Direção de Krzysztof Kieslowski. Com Juliette Binoche e Benoít Régent. Ao perder a filha e o marido em um acidente de carro, Julie se desprende de tudo e todos os que lembravam os dois e passa a viver sozinha, sem criar novos vínculos. Entre silêncios e lágrimas disfarçadas, suas emoções se revelam pelas imagens de belíssima fotografia azul e ao som dos violinos que interrompem as cenas.

A Partida (Okuribito. Japão, 2008)

Direção de Yôjirô Takita. Com Masahiro Motoki, Tsutomu Yamazaki e Ryoko Hirosue. De músico a agente funerário, o jovem protagonista passa a conviver com o luto dos outros. Seu trabalho é preparar os corpos dos mortos para a cerimônia de velório e a cremação. Centrado no preconceito em relação à atividade, A Partida trata (respeitosamente) do incômodo enfrentamento com o corpo humano sem vida.

Caos Calmo (Caos Calmo. Itália, 2008). Direção de Antonio Luigi Grimaldi. Com Nanni Moretti, Valeria Golino e Alessandro Gassman. O executivo Pietro passa os dias de trabalho no banco da praça em frente à escola da filha. A mudança de rotina é uma maneira de se aproximar da garota, mas também de preencher o vazio afetivo deixado pela morte da mãe dela.

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