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Filme tem piadas misóginas e, em resumo, é pouco mais de uma hora e meia de pura gritaria. | Divulgação
Filme tem piadas misóginas e, em resumo, é pouco mais de uma hora e meia de pura gritaria.| Foto: Divulgação

Derivado de um humorístico da televisão, “Vai que Cola – O Filme” não esconde suas origens, e parece um piloto para uma sitcom. O cenário do original é apenas um palco giratório, que abriga alguns cômodos da pensão de Dona Jô (Catarina Abdalla) – mas aqui, há até o lado de fora do local.

Dirigido por César Rodrigues (“High School Musical: O Desafio”), o longa começa com Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo), um sujeito extremamente rico, morador do Leblon sendo vítima de um golpe e perseguido pela polícia.

Na fuga, consegue uma carona para o Méier e se instala na pensão, de onde sonha sair. Enquanto isso não acontece, ganha a vida entregando as marmitas feitas por Dona Jô. Até o dia em que é procurado pelo ex-sócio (Márcio Kieling), que o traiu, com uma proposta de voltar para a sua antiga cobertura, e depois vendê-la. Assim, com o dinheiro saldariam as dívidas e Valdo poderia fugir do país.

As piadas do filme são basicamente Valdo ofendendo Terezinha – chamando-a de “gorda”, “baleia” etc – e Ferdinando. Sobra então a “traminha” policial, na qual o eletricista Wilson (Fernando Caruso) disputa a atenção de Dona Jô com um novo vizinho, Quaresma (Werner Schünemann), e o protagonista tenta fugir do síndico do prédio, Brito (Oscar Magrini).

“Vai que Cola – O Filme” é pouco mais de uma hora e meia de pura gritaria. Parece que a graça aqui equivale a um histrionismo nas interpretações. É um tipo de humor anacrônico, que pretende fazer rir literalmente pelo grito, e raramente funciona.

Reciclando, na televisão, um formato parecido com o do falecido “Sai de Baixo”, mas sem sagacidade.

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