Na semana passada, o IBGE divulgou que o PIB do segundo trimestre caiu 1,9%. Analistas acreditam que o pior ainda não passou e que provavelmente haverá mais uma retração no fechamento do terceiro trimestre. Alguns indicadores recentes mostram que é bastante provável que isso ocorra. Ao mesmo tempo, a retração não atinge todos os setores da mesma forma: alguns segmentos crescem e mostram que uma hora a retomada vai começar.
Cinco indicadores da crise
Energia
A queda no consumo de energia continua no segundo semestre, em grande parte porque não houve reação na indústria. Dados preliminares de agosto mostram uma queda de 1,2% no consumo, na comparação com o mesmo mês de 2014.
Dia dos Pais
O comércio teve uma queda de 5,1% nas vendas do Dia dos Pais, segundo o indicador da Serasa Experian. Foi a primeira queda no índice desde que ele foi criado, em 2005.
Supermercados
As vendas do setor supermercadista caíram 1,32% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, houve queda de 0,2%. O dado de julho é um sinal de que os cortes chegaram aos itens básicos.
PMI
Esse é um índice apurado pela consultoria Markit que mostra a evolução dos pedidos de compras feitos às indústrias. Em agosto, ele caiu para 45,8 pontos, diante de 47,2 pontos em julho. É o pior nível em quatro anos no Brasil.
Pedágios
O tráfego de veículos pesados nas estradas continuou em queda forte em julho – o indicador da ABCR, associação que reúne as concessionárias de pedágio, recuou 5,3% na comparação com o mesmo mês de 2014.
E três boas notícias em meio à crise
Setor aéreo
A demanda por viagens aéreas no país cresceu 8,3% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No ano, a expansão na demanda doméstica é de 4,5%, segundo a Abear.
Franquias
O faturamento do setor de franquias cresceu 11,2% no primeiro semestre, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Franchising divulgada na última semana. O “estoque” de lojas abertas no país cresceu 1,9% no segundo trimestre. Há gente investindo ainda em novas lojas, portanto.
E-commerce
Enquanto o comércio tradicional enfrenta problemas, o faturamento no setor de e-commerce cresceu mais do que a inflação no primeiro semestre deste ano: 16%. Isso pode significar que o consumidor está pesquisando mais para economizar.
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