As petroleiras dos EUA diminuíram o número de sondas de petróleo pela sexta semana, a maior sequência de declínios desde junho, um sinal de que os preços baixos — nesta semana, o barril ficou na casa de US$ 48—continuam a manter as petroleiras mais cautelosas. Enquanto os produtores reduzem a capacidade operacional, os exploradores podem encontrar outro canal de escoamento para o combustível nas exportação do óleo. A venda externa é proibida há 40 anos, mas a Câmara dos Representantes aprovou na sexta-feira uma proposta para liberá-la. A pauta, contudo, enfrenta resistência da Casa Branca.
A Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, aprovou o fim do embargo às exportações por 261 votos a 159. Os defensores da proposta argumentam que o aumento na produção do óleo e de gás natural tornou obsoletas as restrições, criadas na década de 70. O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse que derrubar o veto reduziria os preços dos combustíveis e estimularia a economia.
Chefe da Comissão de Energia e Comércio, o também republicano Fred Upton, disse que os tempos mudaram e que a política do país deveria adotar a nova realidade de abundância do combustível. Já na Casa Branca, a pauta deve encontrar resistência. Embora o governo de Barack Obama afirme “respaldar uma política energética de múltiplas opções, suas ações não correspondem a isso”, disse Upton.
A Casa Branca tem dito que a proposta é desnecessária e argumenta que a decisão de encerrar ou não o embargo às exportações cabe ao secretário de Comércio.
Opositores da proposta destacam que a medida beneficiaria as grandes petroleiras. “A proposta é um presente inescrupuloso aos gigantes do petróleo, às custas dos consumidores americanos”, disse a democrata Katy Castor.
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