No auge da turbulência no mercado financeiro — que levou o dólar a ultrapassar R$ 4 por causa do cenário político — o Banco Central admitiu que a recessão econômica de 2015 será bem maior do que esperava antes. A projeção para a queda na atividade econômica passou de 1,1% para 2,7% neste ano. A inflação oficial também será maior: a estimativa subiu de 9% para 9,5%. As informações são do relatório trimestral de inflação, a publicação mais importante da autoridade monetária.
Esse é o primeiro documento oficial do Banco Central divulgado após o rebaixamento da nota de classificação de risco da agência Standard & Poor’s. Há duas semanas, a S&P retirou o grau de investimento do Brasil, o selo de bom pagador de sua dívida.
No relatório, o BC mostra a influência do quatro fiscal do país no controle da inflação. O envio de um orçamento deficitário para o ano que vem pelo governo dificulta a credibilidade do país e atrapalha o controle da inflação.
Até então, o documento mais recente do BC era a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Ela já dizia que o fato de o governo ter mandado o orçamento com déficit para o Congresso Nacional e a explosão da cotação do dólar aumentam o risco de a inflação não ir para a meta de 4,5% no ano que vem, nem mesmo com recessão econômica e aceleração do desemprego.
Ainda previa que a crise econômica deve ser mais longa que o previsto até agora. Mesmo sem levar oficialmente em consideração a mudança no rating do país, o Copom divulgou uma ata muito diferente do tom do comunicado da semana passada, quando os diretores do BC previam que a recessão da economia seria suficiente para conter os preços. Agora, dizem que há mais riscos para que a meta de inflação não seja cumprida.
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