Em um ano marcado pela pandemia, as vendas online bateram recorde na Black Friday. O faturamento do e-commerce somou R$ 4,02 bilhões, considerando quinta (26) e sexta-feira (27), um aumento de 25,1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pela Ebit/Nielsen. Ao todo foram mais de seis milhões de pedidos gerados, crescimento de 15,5%.
A percepção foi de que o "esquenta da Black Friday", com vendas feitas antes da data oficial, foi uma estratégia que deu certo. Com as promoções durando mais tempo, as compras acabaram sendo realizadas ao longo de todo o mês de novembro.
"A pandemia fez os consumidores terem um comportamento diferente. As compras ficaram diluídas e o comércio eletrônico soube aproveitar o momento e fisgá-los com descontos, oportunidades e atratividades", comenta a líder de Ebit/Nielsen, Julia Ávila.
Entre os dias 19 a 27 de novembro, o faturamento foi de R$ 6 bilhões, 30,1% a mais que as vendas de 2019. Nesse intervalo, que inclui o "esquenta", foram gerados 10,63 milhões de pedidos, quase 20% a mais na base anual. "O esquenta deste ano ganhou muita relevância. Isso mostra que um esquenta Black Friday mais forte é uma tendência para os próximos anos", afirma Julia.
Apenas na sexta-feira o faturamento do varejo on-line ficou em R$ 3,1 bilhões, com aumento de 24,8% sobre a mesma data de 2019.
Reclamações na Black Friday aumentam 4%
O site Reclame Aqui registrou 9.160 reclamações ao longo da Black Friday, um aumento de 4,09% sobre 2019. Segundo o levantamento, 27% das reclamações foram sobre propaganda enganosa. Na sequência aparecem problemas na finalização da compra (10,12%) e divergência de valores (9%).
Entre as dez empresas mais reclamadas, as companhias que compõem o chamado Universo Americanas se destacam.
O marketplace terceirizado das Lojas Americanas teve o maior número de chamados, com 471, enquanto sua loja online ficou em 4.º (289).
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