O Brasil perdeu 116.747 vagas formais de emprego em novembro deste ano. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram contratados 1.103.767 trabalhadores e demitidos 1.220.514 no mês passado.
O saldo negativo é menor do que o registrado em novembro do ano passado, quando foram fechados 130.629 postos. O resultado de novembro de 2015 foi o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1992.
No acumulado do ano até novembro, já foram fechadas 858.333 vagas na série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. No acumulado dos últimos 12 meses até novembro, o país registrou o fechamento de 1.472.619 vagas formais, de acordo com os dados ajustados.
Desde abril, o ritmo de fechamento de postos de trabalho vem sendo menos intenso na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em outubro, o saldo do Caged foi negativo em 74.748.
Indústria
A indústria de transformação foi o setor que mais fechou vagas formais no mês de novembro: o saldo no setor foi negativo em 51.859 vagas.
A construção civil também registrou forte fechamento de postos, com saldo negativo de 50.891 vagas, assim como serviços (-37.959) e agropecuária (-26.097). A administração pública ficou com resultado líquido de 4.426 demissões; os serviços industriais de utilidade pública tiveram 2.642 demissões; e o setor de extração mineral apresentou 1.834 demissões.
O comércio foi o único setor que registrou abertura de vagas. O saldo foi positivo em 58.961 vagas.
Todos os estados registraram saldo líquido negativo de empregos em novembro, exceto o Rio Grande do Sul, onde foram criadas 1.191 vagas formais. No Paraná, foram 7.467, quase o mesmo número de novembro de 2015 (7.517 vagas fechadas). A indústria foi o setor que fechou mais postos de trabalho no estado: 4.619. No ano, saíram do mercado formal de trabalho do estado 28,9 mil pessoas.
São Paulo teve o pior desempenho em novembro, com fechamento de 39.675 vagas, seguido por Rio de Janeiro (-12.438) e Minas Gerais (-11.402).
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