A proximidade do dia 28 de fevereiro, data em que se encerra o aditivo ao contrato de fornecimento de nafta da Petrobras para a Braskem, vai mobiliar executivos da petroquímica nos próximos dias. As negociações com a estatal se darão em duas frentes, no Rio de Janeiro, onde está a sede da Petrobras, e em Brasília. “Teremos um conjunto de reuniões com o objetivo de definir a situação”, afirmou o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, em evento com analistas e investidores realizado em São Paulo.
O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que, embora as negociações tenham sido retomadas, após um período em que a Braskem enfrentava dificuldade em encontrar interlocutores para negociar, as conversas envolvem também o governo federal.
Braskem e Petrobras ainda não chegaram a um acordo sobre a assinatura de um novo aditivo, possivelmente de seis meses, e por isso o tema é considerado prioridade imediata da petroquímica. Apesar disso, os discursos dos executivos da Braskem indicam que a renovação é o cenário considerado mais provável neste momento. Isso porque o novo acordo deve ser uma repetição do último aditivo, assinado em agosto passado, o que facilitaria a aceitação por ambas as partes.
O aditivo mais recente, o segundo com período de seis meses assinado desde o fim do prazo do contrato oficial, de cinco anos entre 2009 e 2014, estabeleceu que as condições de um novo acordo de longo prazo sejam retroativas. Diante do prazo escasso e da mudança em todo o comando da Petrobras, é provável que a condição seja mantida no novo acordo. A estatal é responsável por fornecer 70% do insumo demandado pela petroquímica.
Na terça-feira, 24, o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Fábio Branco, esteve em Brasília para participar de reuniões com o objetivo de buscar uma solução para o impasse envolvendo o fornecimento de nafta para a Braskem, que tem uma unidade de petroquímicos básicos no polo de Triunfo, região metropolitana de Porto Alegre.
México
De acordo com o presidente da Braskem, a petroquímica brasileira analisa alternativas para crescer no México, com a expansão do projeto Etileno XXI, complexo em construção no país latino. Aquisições também não estão descartadas, a depender do interesse da estatal mexicana Pemex em se desfazer de ativos. “A Braskem tem interesse e motivação em qualquer oportunidade de expansão no México”, afirmou Fadigas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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