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Nove em cada dez pisos salariais negociados no ano passado tiveram aumento acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O indicador do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é o mais usado nas negociações salariais entre sindicatos e empresas.

Segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), 92% dos 671 pisos considerados no estudo tiveram aumentos superiores ao INPC. O aumento real médio foi de cerca de 3% acima do índice de inflação acumulado nos 12 meses anteriores à data-base de cada categoria profissional.

Ganhos reais superiores a 6% foram quase 13% dos pisos analisados no estudo. Cerca de 7% dos pisos negociados ficaram abaixo da inflação-- a maior parte com perda de até 1% abaixo da variação do INPC.

"Há que se considerar que em 2011 não houve aumento real de salário mínimo. Portanto, os aumentos reais não podem ser atribuídos à elevação do valor do mínimo. É fruto exclusivamente das negociações das categorias analisadas", diz o relatório dos técnicos do Dieese.

Três em cada dez pisos analisados tinham valor nominal de até R$ 600 e quase a metade de até R$ 650. Menos de um quinto dos pisos tinha valor superior a R$ 800. Acima de R$ 1.000 somente 5% dos 671 pisos estudados.

Por essa razão, apesar dos aumentos concedidos, os técnicos consideram que os valores dos pisos ainda são baixos.

Em 2010, quando foram analisadas 660 negociações pelo Dieese, 94% dos pisos obtiveram aumentos superiores ao INPC. Naquele ano, os reajustes iguais ao índice representaram 2% e, os inferiores, 4%.

Os dados foram coletados por meio do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS/Dieese), que, desde 2004, analisa os resultados das negociações coletivas de pisos salariais. Esses pisos podem ser fixados em valor único para uma empresa ou categoria profissional.

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