A Natura considera que o lançamento de franquias pode ser um caminho no futuro para sua estratégia de abertura de lojas, segundo informou o presidente da companhia, Roberto Lima. Ele participou nesta quinta-feira (28) de teleconferência com analistas e investidores.
Lima reforçou que a inauguração de lojas físicas ainda está em fase de testes. A companhia inaugurou essa semana sua primeira loja, no shopping Morumbi, em São Paulo.
“Estamos em uma fase inicial, onde acompanhamos tudo aquilo que colocamos no plano de lojas, para ter certeza de que o portfólio que nós colocamos na loja é o que deve ser mesmo”, comentou. Lima acrescentou que as lojas ainda devem oferecer serviços e ser “mais do que uma prateleira com produtos”.
De acordo com ele, passada essa fase de testes, a companhia espera iniciar um processo de expansão. As inaugurações, disse, poderiam nessa fase ser realizadas tanto com capital próprio como por meio de franquias.
“Com um modelo bem afinado e conceitos bem definidos, acreditamos que aí poderemos ter uma decisão sobre o Capex para expansão e se faremos isso por recursos próprios ou por meio de franquias”, acrescentou.
A iniciativa de abertura de lojas próprias é uma das estratégias da Natura para diversificar o canal de vendas, ancorado na venda direta. Além dessa iniciativa, a companhia passou a vender produtos da linha Sou em farmácias. Hoje, a linha é vendida em 700 lojas e o plano é chegar a 1200 pontos de venda até o meio deste ano.
Questionado sobre se essas ações no varejo poderiam afetar negativamente a relação da Natura com suas consultoras de venda direta, Lima descartou esse receio. Ele afirmou que testes prévios para a venda dos produtos em farmácias mostraram que não houve uma influencia nas vendas das consultoras.
“Acreditamos que haverá um efeito de sinergia, queremos estar mais perto dos clientes, que hoje pedem conveniência”, declarou. “As consultoras percebem que é necessário que a Natura exponha seus produtos”, comentou.
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