A urgência do ajuste fiscal para o governo aparece até mesmo na comunicação de sua equipe econômica. Os integrantes do time têm um grupo no WhatsApp chamado “ajuste fiscal inevitável”, segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.
“A equipe se conhecia antes mesmo de entrar no governo. Temos um grupo no WhatsApp chamado ‘ajuste fiscal inevitável’. Temos uma interlocução muito boa com o Banco Central”, disse Mansueto, ao participar de seminário promovido pela Firjan, pela FGV e pela agência de classificação de risco Standard&Poor’s.
O secretário rebateu nesta segunda-feira (21) que o ajuste fiscal comprometa o crescimento da economia brasileira. De acordo com Mansueto, a diferença do Brasil para países como EUA e Japão é que, aqui, a alta taxa de juros permite que a melhora nas contas públicas por meio de ajuste fiscal estimule a economia.
“Naqueles países, com juros muito baixos ou até negativo, a única arma de estímulo é a política fiscal. Aqui, não. Se a gente avançar no ajuste fiscal, a gente vai conseguir levar a uma queda de juros. A reforma fiscal aqui seria, assim, expansionista”, disse o secretário.
“O que não dá é aplicar aqui uma política keynesiana (estímulo por meio de aumento de investimento público) com esse nível de dívida e de déficit que temos aqui no Brasil”, completou.
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