No segundo dia da greve dos funcionários dos Correios, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) registrou um atraso nas entregas de cartas e encomendas de 24%. "Da carga diária, 76% está sendo entregue no prazo, o que equivale a 27 milhões de cartas e encomendas - o restante pode ter atraso de até um dia", informa comunicado divulgado nesta quinta-feira.
A ECT disse também que, assim como nesta quinta, 91% dos trabalhadores seguiram trabalhando normalmente. Dos 120 mil funcionários, um efetivo de 10.438 aderiram à paralisação, segundo aferição feita pela empresa por meio do sistema eletrônico de ponto. Na quarta-feira (19), a ECT apresentou números similares, mas a federação da categoria argumentou que a empresa "joga os números para baixo" para minimizar a força do movimento.
Para garantir a entrega de cartas e encomendas, os Correios estão adotando medidas como a realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões nos finais de semana.
Na quarta-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que, apesar da greve, os sindicatos precisam manter um contingente de pelo menos 40% dos profissionais em todas as áreas para evitar problemas no serviço.
O comunicado informou ainda que a rede de agências no País está aberta e funciona normalmente. "Todos os serviços de entrega dos Correios, inclusive o Sedex, estão disponíveis, com exceção dos que têm 'hora marcada' (Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje e o Disque-Coleta) destinados a São Paulo capital e região metropolitana, Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Rio de Janeiro, estão suspensos apenas a entrega de Sedex Hoje e o Disque-Coleta."
O TST também decidiu levar a julgamento o dissídio dos Correios, já que não houve acordo entre a empresa e o sindicato na audiência de conciliação realizada nesta quinta-feira em Brasília. A ministra Kátia Arruda será a relatora e definirá a data do julgamento. "Os Correios estão envidando todos os esforços para garantir o atendimento à população brasileira e, antecipadamente, pedem desculpas pelos eventuais transtornos que possam vir a ser causados aos cidadãos", finalizou a nota.
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