A forte piora nos indicadores que medem o risco de se investir no Brasil colocou o país em desvantagem em relação a outras economias com a mesma nota de crédito no mercado internacional. Uma das principais medidas de risco, o CDS (“credit default swap”, em inglês) para o período de cinco anos, passou de cerca de 150 pontos em meados de 2014 para 260 pontos em junho deste ano.
O CDS é um seguro contra inadimplência de um país ou empresa. O custo desse seguro é usado como medida do risco de investir em títulos emitidos por essa economia ou instituição.
O investidor que compra proteção para um título do governo brasileiro de US$ 10 milhões pagará US$ 260 mil por ano ao vendedor do CDS. A média do custo do seguro contra inadimplência dos países com a mesma nota de crédito brasileira pela agência Moody’s está próxima de 180 pontos.
O Brasil tem o segundo maior CDS entre esses países, acima da Bulgária, Colômbia, Casaquistão e África do Sul, por exemplo. Somente o Uruguai possui um risco maior (272 pontos).
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