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| Foto: JOSEP LAGO/AFP

Curiosamente, as principais imagens e falas que marcaram a maior feira de celulares do mundo, a Mobile World Congress, que ocorreu entre os dias 22 e 25 de fevereiro em Barcelona, não mencionam novos lançamentos ou smartphones com recursos imperdíveis. Em uma mostra da dificuldade da indústria em se reinventar e trazer inovações de peso, o evento deste ano será lembrado pela forte presença dos acessórios de realidade virtual, discussões sobre privacidade de dados e planos para a próxima geração da internet móvel, o 5G.

Como já é tradicional, a feira contou com a presença das principais marcas de smartphones do mundo, como Samsung, LG, Sony e Lenovo–menos a Apple, que tem um evento próprio para divulgar os novos produtos. Além do número restrito de lançamentos, boa parte dos novos aparelhos anunciados se limitou a trazer updates modestos em relação às versões anteriores, esticando a autonomia das baterias ou protegendo aparelhos de respingos de água.

A percepção de que o mercado de celulares alcançou um patamar de inovação difícil de ser rompido daqui para frente coloca ainda mais pressão sobre as fabricantes, que precisam continuar incentivando a troca dos aparelhos em um setor em desaceleração. A previsão da consultoria IDC é que as vendas globais de smartphones fechem 2015 com um crescimento de 9,8% – será a primeira vez que a taxa de expansão será menor do que dois dígitos. O cenário é bem mais pessimista no Brasil, onde a empresa espera uma retração de quase 13% nas vendas no ano passado, com nova queda em 2016, de 8%.

“Em seu tempo,o primeiro iPhone era algo realmente inovador, ao ser um telefone que funcionava como um computador, o que era revolucionário. Mas hoje as mudanças têm girado em torno de baterias melhores, novos recursos para câmeras, que apenas basicamente evoluem recursos já existentes”, reforça o especialista de produtos do site Zoom, Paulo Guedes. “O grande ponto agora é se o mercado vai conseguir continuar aquecido, já que os novos aparelhos não são tão inovadores e o usuário começa a se perguntar se vale mesmo a pena trocar de celular com tanta frequência”, completa.

Razões para a queda

Entre os motivos para a queda no mercado brasileiro, além da alta do dólar e a crise na economia, a IDC aponta justamente o aumento do ciclo de vida dos smarpthones, devido às especificações técnicas semelhantes entre os aparelhos da mesma linha. Em nota, o analista de pesquisas da consultoria, Leonardo Munin, lembra que, anteriormente, o ciclo de vida dos celulares girava em torno de um ano e seis meses – prazo que tem aumentado, já que as compras têm sido cada vez mais postergadas.

  • Samsung Galaxy S7 e S7 Edge – A fabricante sul-coreana trouxe poucas novidades para seus tops de linha, o Galaxy S7 e o Galaxy S7 Edge (foto). No geral, as configurações ganharam um pequeno upgrade, como na câmera e na capacidade da bateria, e a tela do S7 Edge passou de 5,5 polegadas para 5,1 da versão anterior. Além disso, os modelos ganharam proteção contra respingos de chuva. Mesmo sem surpresas, os aparelhos permanecem como uns dos mais completos do mercado, apostando no visual elegante de alumínio e em um processador robusto (da Qualcoom).
  • Módulos da LG – A marca foi uma das poucas que fugiu do convencional ao trazer a ideia de celulares modulares (foto) para sua principal linha. A borda inferior do G5 pode ser destacada para receber, no lugar, módulos que turbinam recursos do celular, voltados para a fotografia e áudio, por exemplo – além disso, a bateria pode ser removida oficialmente, opção inexistente em outros tops de linha. As peças serão vendidas separadamente e podem, inclusive, virar uma nova fonte de receita para a empresa, além de estender, para o usuário, a vida útil do aparelho.
  • Baterias da Sony – A marca apresentou no congresso uma nova família de smarpthones, chamada de Xperia X (foto). A promessa é que os aparelhos tenham uma das melhores autonomias de bateria do mercado, por meio de uma nova tecnologia adotada pela empresa, chamada de Qnovo. A tecnologia monitora e ajusta em tempo real as necessidades de consumo do celular, o que, na prática, pode trazer uma autonomia de até dois dias para o aparelho. Além disso, a linha X traz um recurso fotográfico chamado de Predictive Hybrid Autofocus, que tenta entregar fotos de ação sem borrões.
  • Família Xiaomi – A fabricante chinesa fez questão de reforçar ao público da feira a capacidade da bateria de seu novo top de linha, o Mi 5 (foto). Segundo a empresa, com apenas 10 minutos de carga na tomada, o celular consegue rodar 2 horas de vídeo, 17 horas de navegação no GPS e quatro horas de conversas em apps de mensagens, mesmo por meio de uma rede móvel (que geralmente consome mais energia do que o wif-fi). O Mi 5 vem ainda com configurações para bater de frente com os tops da Apple e da Samsung, como 128 GB de armazenamento, 4GB de memória e leitor digital frontal.

Samsung S7

A fabricante sul-coreana trouxe poucas novidades para seus tops de linha, o Galaxy S7 e o Galaxy S7 Edge. No geral, as configurações ganharam um pequeno upgrade, como na câmera e na capacidade da bateria, e a tela do S7 Edge passou de 5,5 polegadas para 5,1 da versão anterior. Além disso, os modelos ganharam proteção contra respingos de chuva. Mesmo sem surpresas, os aparelhos permanecem como uns dos mais completos do mercado, apostando no visual elegante de alumínio e em um processador robusto (da Qualcoom).

Bateria da Sony

A marca apresentou no congresso uma nova família de smarpthones, chamada de Xperia X. A promessa é que os aparelhos tenham uma das melhores autonomias de bateria do mercado, por meio de uma nova tecnologia adotada pela empresa, chamada de Qnovo. A tecnologia monitora e ajusta em tempo real as necessidades de consumo do celular, o que, na prática, pode trazer uma autonomia de até dois dias para o aparelho. Além disso, a linha X traz um recurso fotográfico chamado de Predictive Hybrid Autofocus, que tenta entregar fotos de ação sem borrões.

Módulos da LG

A marca foi uma das poucas que fugiu do convencional ao trazer a ideia de celulares modulares para sua principal linha. A borda inferior do G5 pode ser destacada para receber, no lugar, módulos que turbinam recursos do celular, voltados para a fotografia e áudio, por exemplo – além disso, a bateria pode ser removida oficialmente, opção inexistente em outros tops de linha. As peças serão vendidas separadamente e podem, inclusive, virar uma nova fonte de receita para a empresa, além de estender, para o usuário, a vida útil do aparelho.

Família Xiaomi

A fabricante chinesa fez questão de reforçar ao público da feira a capacidade da bateria de seu novo top de linha, o Mi 5. Segundo a empresa, com apenas 10 minutos de carga na tomada, o celular consegue rodar 2 horas de vídeo, 17 horas de navegação no GPS e quatro horas de conversas em apps de mensagens, mesmo por meio de uma rede móvel (que geralmente consome mais energia do que o wif-fi). O Mi 5 vem ainda com configurações para bater de frente com os tops da Apple e da Samsung, como 128 GB de armazenamento, 4GB de memória e leitor digital frontal.

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