O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixou claro que o governo está fazendo o máximo que pode em termos fiscais e que um esforço adicional depende fundamentalmente do Congresso, em entrevista à Agência Estado.
Levy afirmou que o superávit primário de 2016 pode ser aumentado, se houver um “alinhamento de prioridades entre Executivo e Congresso”. Para ele, a recente redução da meta de 2015 poderia ter ficado “num mínimo” de 0,4% do PIB (e não 0,15%, como passou a vigorar) se o Congresso tivesse aprovado o projeto de lei que muda a desoneração da folha nos termos e no timing intencionados pelo Executivo.
O ministro mostrou-se preocupado com a postura recente dos parlamentares: “O protagonismo do Congresso até agora tem sido na direção de enfraquecer a meta (fiscal), pelas mais diversas razões”. Mas frisou ter “absoluta confiança” de que a sociedade, que influencia o Congresso, tem condições de entender a necessidade de um ajuste estrutural das contas públicas, que crie condições de crescimento num ambiente global mais difícil.
Levy aposta na retomada do crescimento pelo reequilíbrio fiscal, melhoras em setores da economia, abertura de mercados e absorção de novas tecnologias.
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