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Metalúrgicos de indústrias de Curitiba e região metropolitana promoveram manifestações durante esta sexta-feira (30). O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) disse que cerca de 15 mil trabalhadores de 17 empresas participaram dos protestos.

Os trabalhadores exigem negociação salarial e renovação de acordos coletivos de trabalho: as convenções e os acordos celebrados em 2011 vencem nesta sexta-feira. A reivindicação é de reajuste salarial com aumento real de 3% mais abono salarial.

Conforme o sindicato da categoria, durante todo o dia, dez empresas deflagraram paralisações: Bosch, Trutzschler, Blount, Brasilsat, Flexotech, Brose, Magius, Montana, Metalus e Schwarz. As outras sete, realizaram votações de prazo legal de 48 horas para poder deflagrar greve por tempo indeterminado e assembleias de conscientização. Em apenas uma delas (Magius, em São José dos Pinhais) houve negociação imediata com a empresa. As demais devem prosseguir com os protestos na próxima semana.

Sindimetal

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Paraná (Sindimetal), Alcino Tigrinho, na próxima segunda-feira (3), às 17 horas, será feita uma rodada de negociações entre as empresas do setor metalúrgico, mecânico e de materiais elétricos e os funcionários, representados por seus respectivos sindicatos.

Ele afirma ainda que, apesar desse encontro, negociações já vinham sendo feitas pelas empresas. "A gente já vinha negociando, porque o sindicato não se nega a negociar. O que não concordamos é a forma violenta como eles [funcionários] estão movimentando e, para um setor como o nosso, que já deu 35% de aumento real nos últimos dez anos, acho que essa reivindicação não se justifica", disse.

Segundo Tigrinho, apenas quatro empresas registraram paralisações durante toda este dia: Bosch, Metalus, Schwarz e Pastre. "Tivemos notícias de apenas essas paralisações. Houve tumultos em mais algumas, mas nada sério. Independentemente disso, continuamos abertos a diálogos."

Bosch

Na Bosch, empresa do setor com o maior número de funcionários (3,2 mil), os sindicalistas pedem reajuste, mas também reclamam da ocorrência de um suposto assédio moral contra os colaboradores desde esta quarta-feira (28). Trabalhadores estariam sendo intimidados para a desmobilização da categoria, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba.Nesta manhã de sexta (30), pelo 16º dia seguido, houve paralisação na empresa dos trabalhadores do primeiro turno, segundo o sindicato. Após o protesto, cerca de 900 pessoas, das 1,2 mil que fazem parte do horário da manhã, fizeram um ato na empresa. A previsão é de que paralisações sejam repetidas no período da tarde.

A Bosch, por meio da assessoria de imprensa, negou que a paralisação tenha durado duas horas. Segundo a multinacional, o tempo de manifestação foi de 50 minutos.

Em nota, a empresa nega que haja assédio moral com os trabalhadores da empresa. "As acusações feitas pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba - em comunicado veiculado em 28/11 - não procedem e a empresa e sua unidade fabril paranaense repudiam qualquer tratativa oriunda deste tipo de ação", relata o posicionamento.

Negociações na Bosch

Há 16 dias, metalúrgicos da fábrica da Bosch na capital paranaense promovem interrupções temporárias na linha de produção. Eles pedem um reajuste 3% de aumento real (além da inflação, que soma hoje cerca de 6%), e mais um abono salarial de no mínimo R$ 3,5 mil – igual ao pago no ano passado, segundo o SMC.

Os metalúrgicos rejeitaram a contraproposta de reajustes e benefícios apresentada pela empresa na última segunda-feira (26), quando a multinacional ofereceu aos trabalhadores, entre outros benefícios, um reajuste de 7,5%, o que significa cerca de 6% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 1,5% de aumento real.

O abono salarial proposto é o pedido pelos trabalhadores como mínimo, no valor de R$ 3,5 mil. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2013, por essa proposta, também teria um aumento de 7,5% em relação ao valor pago em 2012 para o cumprimento de 100% das metas, segundo a empresa.

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