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O ministro de Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, afirmou nesta quinta-feira (2) que renunciará ao cargo se o plebiscito de domingo (5) aprovar o acordo com os credores.

Em entrevista à TV Bloomberg, Varoufakis, o interlocutor financeiro do governo nas negociações, disse preferir “cortar os braços” a assinar um acordo que não seja “sustentável” para a dívida grega, hoje em quase 180% do PIB.

O ministro afirmou ainda confiar que a maioria votará pelo “não” e repetiu o discurso de que esse resultado não significa a saída da Grécia da zona do euro.

A ameaça de renúncia de Varoufakis aumenta a pressão sobre o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza, que nega qualquer intenção de deixar o posto se perder a votação de domingo, convocada por ele após o rompimento das negociações com os credores.

Sob pressão, Grécia se volta para o ‘sim’ em plebiscito

Por medo de sair da zona do euro, gregos tendem a votar por um acordo com o credores no próximo domingo, apontam pesquisas

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Pesquisas divulgadas na quarta-feira (1º) indicam uma tendência de crescimento do “sim”, a favor de um acordo. Uma delas, do Instituto GPO, apontou 47,1% a 43,2% por aceitar as condições de socorro financeiro -os indecisos seriam 6,3%.

Um dado destacado pela mídia grega: 60% dos mil entrevistados afirmaram que a Grécia deveria permanecer na zona do euro.

Em tese, a consulta de domingo não trata da saída do país do bloco da moeda única, mas, sim, se a população concorda ou não com a proposta de mais um resgate ao país em troca de compromissos fiscais. No caso, os credores são FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.

A votação, no entanto, tem sido tratada pelos líderes europeus como um caminho para a Grécia deixar ou não o bloco da moeda única, até como forma de pressionar a população a votar pelo “sim”. A chanceler alemã, Angela Merkel, lidera o movimento que interrompeu as conversas com o governo grego. O comportamento do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, tem irritado a chanceler. Para ela, o plebiscito inventado pelo premiê é um caminho sem volta, ainda mais agora que as pesquisas mostram que ele tem grandes chances de sair derrotado.

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