O país fechou 18,2 mil postos de trabalho ocupados por profissionais de nível superior em junho. Foi o segundo mês seguido em que houve mais demissões do que contratações de trabalhadores com diploma universitário. Os dados, relativos ao emprego com carteira assinada, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e não incluem declarações enviadas pelas empresas fora do prazo legal.
Em maio, conforme a Gazeta do Povo revelou na semana passada, cerca de 5,7 mil pessoas com esse nível de instrução haviam perdido o emprego. Até então, o corte de vagas desse tipo era inédito em 2015 e nunca havia ocorrido em meses de maio na série histórica iniciada em 2004.
Emprego formal no país perde 345,4 mil vagas no 1.º semestre
Comércio, indústria de transformação e construção civil puxam demissões em 2015, segundo o Caged
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De cinco grandes setores da economia, apenas a agropecuária registrou saldo positivo para o emprego de nível superior – e ainda assim a diferença entre admissões e desligamentos foi pequena, de 61 vagas. O setor de serviço liderou as dispensas, com corte de 11 mil trabalhadores, seguido por comércio (-3,2 mil), indústria (-2,8 mil) e construção civil (-1,3 mil).
No acumulado do primeiro semestre, quem lidera as demissões é a indústria, com fechamento de 8,8 mil vagas em todo o país. A construção civil dispensou 6,6 mil trabalhadores com diploma universitário e o comércio, pouco mais de 900. Apesar da baixa de junho, o setor de serviços ainda acumula a geração de 60 mil empregos de nível superior neste ano. A agropecuária, por sua vez, preencheu 470 vagas.
Estados
Entre as 27 unidades da federação, somente quatro criaram vagas de nível superior em junho (Ceará, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal). O Paraná foi o sexto estado que mais demitiu, com o fechamento de 695 postos de trabalho no mês.
No acumulado do ano, o saldo do emprego para profissionais com diploma ainda é positivo, mas muito inferior ao observado no ano passado. De janeiro a junho, a economia nacional contratou 44,1 mil trabalhadores formados, 66% menos que os 129,5 mil do primeiro semestre de 2014. No Paraná, foram criados 6,7 mil empregos desse tipo neste ano, ante 10,6 mil no mesmo período do ano passado.
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