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Em média, a gasolina está R$ 0,18 mais cara nas bombas de Curitiba. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Em média, a gasolina está R$ 0,18 mais cara nas bombas de Curitiba.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Pouco mais de uma semana depois do aumento dos preços dos combustíveis no Brasil, a gasolina dos postos de Curitiba apresentaram uma alta de 5,4%. O valor ficou acima da média nacional, de 5,11%. Os números têm como base o levantamento semanal feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Combustível (ANP).

Na semana entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro, a gasolina custava R$ 3,191 nas bombas, em média . Já na semana seguinte, após a divulgação do reajuste nacional de 6%, no último dia 29, os preços ficaram em torno dos R$ 3,373, ou seja, R$ 0,18 a mais que na outra semana.

Inflação

Em uma entrevista coletiva, a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, afirmou que cada 1% de aumento da gasolina na bomba impacta em 0,04 ponto porcentual o IPCA, índice oficial de inflação.

Por essa lógica, e caso a elevação se mantenha neste patamar até o fim do mês, o IPCA de outubro já teria um impacto de 0,20 ponto contratado.

A pesquisa da ANP mostra que o preço médio do litro da gasolina nas bombas no Brasil saiu de R$ 3,287 na semana de 27 de setembro a 3 de outubro para R$ 3,455 na semana de 4 a 10 de outubro (referência).

Logo, por mais que a alta em Curitiba tenha fica acima dos 5,11%, os valores nas bombas da cidade estão abaixo dos cobrados na média nacional.

Para o levantamento da ANP que cobre todo o território brasileiro, foram consultados 3.277 postos. O menor avanço ocorreu na região Sudeste (4,70%, ou R$ 0,15), enquanto o mais intenso foi verificado no Norte (5,66%, ou R$ 0,20).

Diesel

O reajuste anunciado pela Petrobras entrou em vigor no dia 30 de setembro, uma quarta-feira, mas consultores do setor afirmaram que o repasse seria percebido com mais força pelo consumidor à medida que os estoques fossem renovados.

No caso do diesel, o repasse também foi quase integral. O reajuste de 4% praticado pela Petrobras nas refinarias se traduziu em um aumento de 3,80% nas bombas, segundo o levantamento da ANP.

O preço médio do litro do diesel nas bombas saiu de R$ 2,812 na semana de 27 de setembro a 03 de outubro para R$ 2,919 na semana de 04 a 10 de outubro (referência). Foram consultados 1.989 postos em todo o País.

O peso do diesel no IPCA é pequeno, de apenas 0,15%. Por isso, o impacto é muito próximo de zero. Eulina explicou na última quarta-feira, 7, porém, que o reflexo indireto é grande, principalmente porque o combustível é o mais usado para fretes.

Etanol

O reajuste dos combustíveis não será o único impacto sobre a inflação de outubro. Os preços do etanol avançaram 8,98% no período investigado pela ANP.

O preço médio do litro do etanol nas bombas saiu de R$ 2,116 na semana de 27 de setembro a 03 de outubro para R$ 2,306 na semana de 04 a 10 de outubro (referência).

Foram consultados 3.008 postos em todo o País. O item pesa sozinho 0,8% do índice. Segundo, porque a gasolina comercializada pelos postos de combustíveis contém 25% de etanol em sua composição.

“A demanda por etanol tem aumentado por conta do preço da gasolina. Além disso, os produtores têm tido problema na colheita (de cana-de-açúcar). Então, o preço do etanol aumentou. Provavelmente, além do reajuste de gasolina, os pontos de distribuição devem levar em contra esse aumento”, alertou Eulina, na coletiva.

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