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José Evangelista e o Beenoculus: “produto são bem diferentes.” | Henry Milléo/Gazeta do Povo
José Evangelista e o Beenoculus: “produto são bem diferentes.”| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

A startup curitibana Beenoculus, que desenvolve óculos de realidade virtual para serem usados com smartphones, entrou recentemente no radar do Facebook – mas não se trata de uma proposta de aquisição. A Oculus VR, empresa comprada por Mark Zuckerberg no ano passado, entrou com petição no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) para tentar impedir que os brasileiros usem o termo que dá nome à startup e ao produto comercializado desde janeiro.

A Oculus VR desenvolve o Oculus Rift, um óculos de realidade virtual apontado como um dos mais promissores desta tecnologia – o aparelho ainda não foi oficialmente lançado para o público final. O sucesso e o apelo do dispositivo entre os desenvolvedores chamou a atenção do Facebook, que comprou a empresa por US$ 2 bilhões.

A manifestação foi encaminhada pela Oculus VR ao Inpi em outubro do ano passado, depois que a empresa norte-americana tomou conhecimento do pedido de registro da marca Beenoculus pelos curitibanos, em julho. A petição foi deferida pelo instituto somente em março deste ano e, assim, a startup foi notificada para se manifestar a respeito.

Tanto a Beenoculus quanto a Oculus VR não têm ainda oficialmente o registro das suas respectivas marcas junto ao Inpi. Porém, no documento enviado ao instituto, a empresa adquirida pelo Facebook argumenta que a expressão “Oculus” é seu “maior patrimônio” e que o nome usado pela startup curitibana pode levar os usuários a se confundirem e acreditarem que se trata de um produto desenvolvido pelos americanos. A Oculus VR defende ainda que o nome Beenoculus é uma imitação ou reprodução de sua marca.

Na manifestação encaminhada ao Inpi, em resposta à petição da Oculus VR, a Beenoculus defende que o uso do prefixo “bee”, junto do termo “noculus”, já é mais do que suficiente para distinguir as marcas e evitar confusão. A startup curitibana reforça no documento que a palavra “Oculus” é de “uso genérico e comum” e é utilizado para “óculos de realidade virtual” , não podendo ser apropriado para uso exclusivo de uma única empresa.

Outras diferenças

Além disso, a Beenoculus argumenta que, foneticamente, as marcas são “absolutamente diversas” e visualmente, também não apresentam qualquer semelhança. O Inpi não tem um prazo para se pronunciar a respeito da petição, mas a expectativa é que o instituto divulgue uma posição no início do ano que vem.

O aparelho brasileiro foi lançado oficialmente em janeiro deste ano, durante a Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, e está sendo comercializado por R$ 129 no site oficial da marca. O celular é acoplado dentro do Beenoculus e as duas lentes do aparelho dão a sensação de imersão no cenário reproduzido – que pode ser o de um game ou mesmo de passeios virtuais.

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