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Empresário Eike Batista, do Grupo EBX: perdas de mais de R$ 10 bilhões | Fred Prouser/Reuters
Empresário Eike Batista, do Grupo EBX: perdas de mais de R$ 10 bilhões| Foto: Fred Prouser/Reuters

Os esforços do bilionário Eike Batista para acalmar os nervos dos investidores de suas empresas parece não ter funcionado. A petroleira OGX, maior companhia do empresário, volta a registrar fortes perdas no mercado nesta quinta-feira (28). O valor de mercado das sete companhias "X" - letra com a qual o empresário batiza seus negócios - perdiam R$ 1,6 bilhão de valor de mercado por volta das 13h. Na quarta, o tombo foi de R$ 8,47 bilhões, também liderado pela OGX Petróleo, no maior revés de Eike Batista no mercado financeiro.

A perda das ações torna mais distante o sonho do empresário brasileiro, nascido em Governador Valadares, em Minas Gerais, de se tornar o homem mais rico do mundo. Eike, que chegou a ser o 10º homem mais rico pelo ranking da Bloomberg News, lançado em março deste ano, ocupa agora a 21ª posição da lista, com uma fortuna de US$ 21,1 bilhões.

No ranking dos bilionários da Bloomberg, Eike foi ultrapassado por nomes como o sócio da Christian Dior Bernard Arnault (US$ 22,4 bilhões), o especulador George Soros (US$ 21,9 bilhões), a sócia da L'Oreal Liliane Bettencourt (US$ 21,7 bilhões) e o industrial de chocolates Michele Ferrero (US$ 21,3 bilhões).

Na quarta, as ações ordinárias (ON, com voto) da OGX Petróleo chegaram a recuar 30%, antes de fechar num tombo de 25,32%, a R$ 6,25. Nesta quinta-feira, as ações voltam a recuar 7,51%, cotadas a R$ 5,78. Essa perda contamina outras empresas do grupo, como LLX Logística (-2,24%), CCX Carvão (-3,86%) e MMX Mineração (-0,16%).

O gatilho das perdas foi a redução das estimativas de produção da OGX Petróleo, a maior companhia do empresário, para 5 mil barris de óleo diários em cada um dos dois poços do campo de Tubarão Azul (Waimea), na Bacia de Campos. O número é um terço do originalmente previsto pela companhia, de 15 mil a 20 mil barris por dia. Os investidores manifestaram "desapontamento" e "incertezas" sobre o futuro da empresa.

No fim da tarde de quarta, Eike tentou acalmar os investidores durante uma teleconferência. Ele afirmou que o Grupo EBX, sua holding, tem US$ 9 bilhões em caixa e, portanto, capacidade para financiar os empreendimentos de suas controladas. Ele chegou a afirmar a investidores que "o risco da OGX quebrar é zero".

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