A Volkswagen está sob pressão para dar detalhes na próxima semana do plano para reparo de 11 milhões de veículos a diesel, uma vez que seu presidente nos Estados Unidos vai testemunhar perante parlamentares na quinta-feira (8) e autoridades alemãs cobram rápidas medidas da empresa.
A montadora alemã precisa consertar um software que a permitiu fraudar testes de emissões de poluentes, em uma descoberta que disparou a pior crise na companhia de 78 anos de existência.
O escândalo tirou mais de um terço de valor de mercado da Volkswagen desde 18 de setembro, ou US$ 30 bilhões, forçou a renúncia de seu presidente-executivo e afetou o mercado global de veículos e o governo alemão.
França abre investigação sobre fraude da Volkswagen
Autoridades francesas podem pedir prisão de executivos da montadora
Leia a matéria completaO fato também expôs normas inadequadas, principalmente na Europa, onde a importância da indústria automotiva para garantia de empregos e exportações vinha dando forte peso ao setor na definição de políticas.
Desafio
A Volkswagen afirmou na quinta-feira (1) que vai levar meses para encontrar os responsáveis pelo software, embora tenha prometido “informar ao público soluções encontradas para os problemas na próxima semana”.
Mas analistas afirmam que será um desafio consertar o software sem deixar os veículos com um desempenho menor ou sem exigir mais manutenção, problemas que podem potencialmente se transformar em múltiplos processos legais contra a empresa e minar ainda mais sua reputação.
Em um sinal da complexidade, a importadora belga de veículos D’Ieteren afirmou que até agora não teve detalhes sobre os reparos e que a Volkswagen se comprometeu a divulgar um plano até o final deste mês.
A Volkswagen afirmou nesta sexta-feira (3) que vai levar tempo para encontrar soluções porque os veículos automáticos e manuais e os modelos com diferentes motores precisam de ajustes distintos.
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