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Os capitães Gérson e Bellini antes do jogão entre Atlético e Botafogo na Taça de Prata de 1968 | Arquivo GRPCOM
Os capitães Gérson e Bellini antes do jogão entre Atlético e Botafogo na Taça de Prata de 1968| Foto: Arquivo GRPCOM
  • Zé Roberto tenta o gol em jogo que o time carioca levou, mas não mereceu a vitória na Vila Capanema

Atlético e Botafogo se enfrentam hoje, às 18h30, na Vila Capanema. De um lado, a sensação alvinegra, liderada por Clarence Seedorf, o holandês nascido no Suriname com finésse de brasileiro. Do outro, o Rubro-Negro da arrancada fulminante, capitaneado por Paulo Baier, o Vovô Garoto da meia-cancha.

Componentes que fazem lembrar – como recordou Carneiro Neto, em coluna nesta Gazeta do Povo – um encontro histórico entre o Furacão e o Fogão. Era setembro de 1968, e os dois adversários do fim da tarde tinham compromisso marcado pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Brasileirão da época.

O Atlético vivia fase áurea, duelando, em condições de igualdade, com as grandes potências do futebol brasileiro. Tudo graças ao delírio do presidente Jofre Cabral e Silva que se tornou realidade na formação de um time de galácticos, com Djalma Santos, Bellini, Nilo (emprestado pelo Coritiba), Madureira, Zé Roberto e Nilson Borges.

Pela frente, outra formação de alto quilate, então bicampeão carioca, dispondo de Carlos Roberto, Afonsinho e os míticos Gérson e Paulo César Caju. E ainda tinha Jairzinho, ausente, lesionado. Conjunto comandado por Mario Jorge Lobo Zagallo que, dois anos mais tarde, seria tricampeão mundial contando com alguns dessa turma.

Não bastasse, Aladino era o mordomo dos donos da casa e Aloísio dos visitantes. Hoje é difícil mensurar qual a importância da dupla no cotejo em questão. O fato é que algum valor para o jogo jogado eles possuíam, já que apareciam até na ficha técnica da peleja.

Bola ricocheteando no gramado do Durival Britto e o Rubro-Negro prensou o Alvinegro na defesa. Fez Gérson atuar praticamente de zagueiro. "É brincadeira, os caras estão avançando com 700 mil atacantes", devia gritar para os companheiros o Canhotinha de Ouro. Apesar do abafa, quem balançou o barbante foi o Botafogo. Vinte e seis minutos do primeiro tempo, Paulo César Caju derivou pela direita e chutou cruzado, um torpedo que passou entre os braços do goleiro Célio. Falha? Lance normal? Ou apenas mais uma cena do teatro maravilhoso da bola. Diante de quase 18 mil pessoas, o Furacão manteve os cariocas nas cordas. E, de acordo com os relatos da Gazeta, só não empatou e virou porque Cláudio Magalhães, o árbitro, não permitiu. Zé Roberto e Madureira teriam sofrido pênaltis que o apitador, de uma "tibieza total", preferiu não assinalar. Final: 1 a 0.

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