A equação do Atlético na Libertadores

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Terminado o turno dos brasileiros rubro-negros na Libertadores, o Flamengo ficou na liderança porque soube tirar proveito do fator campo e o Atlético poderia ter se saído melhor não fosse o enrosco no Universidad Católica.

A partida no Maracanã já foi analisada à exaustão, com os lances vistos e revistos não deixando dúvida quanto às carências das equipes.

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O Flamengo, apesar de ter investido pesado na contratação de jogadores, passou a ser dependente dos armadores Diego e Everton. Mais do ex-santista do que do ex-atleticano. Diego possui recursos técnicos mais largos, carrega maior grau de visão de jogo e sabe colocar os companheiros do ataque à feição para os arremates. Everton, que é bom de bola, faz mais o estilo motorzinho, como aquele entregador de pizza que não erra o endereço.

No mais, a equipe carioca padece dos mesmos problemas da maioria dos participantes do torneio, com furos na retaguarda e altos e baixos no ataque.

Aliás, a principal marca da atual Libertadores tem sido o rigoroso equilíbrio entre os competidores. Ainda não surgiu aquele favorito destacado, apesar do empenho da crônica esportiva paulista sobre o Palmeiras, que até pode amadurecer ao ponto de tornar-se o principal candidato ao título.

Depois de fazer um primeiro tempo assustador, emoldurado pela falha grotesca do excelente zagueiro Thiago Heleno, o Furacão conseguiu equilibrar as ações na etapa complementar e, se tivesse melhores jogadores para acompanhar Nikão no ataque, poderia ter alcançado o empate.

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Com uma boa retaguarda, mas sentindo as ausências de Otávio e Gedoz na meia-cancha e de Pablo no ataque, parece indiscutível a singeleza do elenco atleticano. Por mais que se compreenda o entusiasmo de Paulo Autuori, a verdade é que dificilmente, sem a contratação de alguns reforços de qualidade, o time conseguirá cumprir boa campanha nesta temporada.

A equação da Libertadores para o Atlético classificar-se é simples: ganhar as duas partidas na Arena da Baixada.

O Flamengo é um adversário que merece cuidados como todos os adversários merecem, entretanto sem bom retrospecto quando atua no campo atleticano. O histórico dos confrontos em Curitiba até indicam uma certa freguesia do Flamengo para o Atlético.

O San Lorenzo pode chegar aqui praticamente eliminado aumentando as chances de o nosso representante passar a próxima fase do torneio subcontinental sul-americano.

Só que para transformar o sonho da torcida em realidade, os jogadores terão de fazer por onde, sem os sustos nos confrontos com Deportivo Capiatá e Universidade Católica, por exemplo.

Mas as possibilidades de êxito são consideráveis.