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Na semana que se passou, o meia Alex completou 18 anos da estreia como profissional. Ao se manifestar nas redes sociais, o capitão do Coritiba agradeceu a todos os clubes em que jogou e ao técnico Paulo Cesar Carpegiani, que o lançou naquele jogo fora de casa contra o Iraty no dia 2 de abril de 1995. Talvez não estivesse ciente de todo o impacto, mas naquele momento, o experiente treinador deu a oportunidade para que um dos maiores jogadores da história do clube do Alto da Glória começasse sua trajetória.

Hoje, de volta ao clube, o próprio Alex dá respaldo aos jovens, elogiando quando preciso e servindo de catalisador para possíveis críticas. O mais recente é o meia Zé Rafael. Quando começou, Alex teve seu tutor dentro do elenco, o experiente Ademir Alcântara, sempre lembrado pelo 10 do Coxa, que fazia a mesma função.

É justamente esta combinação – garoto talentoso, técnico que confia e veterano que dá respaldo – que faz os garotos prosperarem numa equipe. Vale lembrar que Marquinhos Santos tem justamente este perfil ousado de lançar garotos, muito por ter galgado boa parte de sua carreira precoce em equipes de formação.

A mesma receita tem sido vista na Vila Capanema. Toninho Cecílio aprofundou a política do antecessor Ricardinho de apostar primeiro nas categorias de base. A primeira geração formada totalmente no Ninho da Gralha começou a subir recentemente, tendo como símbolos os três atacantes: Júlio César, Arthur e Carlinhos. No respaldo dentro do grupo, Marcos e Lúcio Flávio, dois veteranos com identificação com o clube, que conversam e dão os atalhos.

Eles também tiveram seus guias no começo da carreira e em algum momento expressam e expressarão a gratidão a eles e ao técnico que os lançou e permitiu que começassem a trajetória de ídolos.

O mesmo ocorre com o Atlético. Na temporada passada, o grupo formado por Paulo Baier, Luiz Alberto, Derley, João Paulo e Maranhão ajudou a dar respaldo a Marcelo, o jovem de maior destaque e que cresceu durante o ano. O caso de Marcelo é que a trajetória dele teve idas e vindas (foi lançado em 2010 por Antônio Lopes), mas ganhou novas chances ano passado, primeiro com Carrasco, mas se machucando, e se firmando de vez com o atual técnico Ricardo Drubscky, também talhado para trabalhar com jovens. Douglas Coutinho deve ser o próximo da fila.

É este o caminho para os clubes paranaenses equilibrarem a briga contra equipes com mais recursos financeiros. Se não podem competir na carteira, têm de usar o olho clínico e as revelações. O Paraná é um celeiro de atletas reconhecido. Neste momento, os três clubes com calendário definido estão fazendo certo a lição de fazer pratas em casa.

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