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Polícia e manifestantes entraram em confronto perto da estação do metrô Carrão, em São Paulo | EFE / Marcos Méndez
Polícia e manifestantes entraram em confronto perto da estação do metrô Carrão, em São Paulo| Foto: EFE / Marcos Méndez

Pelo menos sete pessoas, entre elas dois jornalistas da CNN, ficaram feridas nos enfrentamentos registrados nesta quinta-feira (12) em São Paulo entre a polícia e os manifestantes que se opõem à Copa.

Os manifestantes saíram cedo para as ruas da capital paulistana, seis horas antes da partida inaugural do Mundial entre Brasil e Croácia, mas foram reprimidos pela polícia quando tentaram bloquear uma importante via.

Foi o primeiro dos protestos que se esperam para esta quinta em várias cidades do país em coincidência com o começo do Mundial.

Em um primeiro confronto, cerca de 150 homens da Tropa de Choque da Polícia Militar do estado de São Paulo dispersaram com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral um grupo de 200 manifestantes que tentava bloquear a Avenida Radial Leste, a principal via de acesso à Arena Corinthians.

A polícia deteve um dos participantes do protesto, que tentou parar a ação dos policiais que, em fila, avançavam com escudos rumo aos manifestantes, que se concentraram inicialmente em frente à estação Carrão do metrô, na zona leste de São Paulo. O ato foi convocado pelas redes sociais.

Nesse primeiro incidente ficaram feridas duas jornalistas de CNN.

A produtora da rede de televisão norte-americana em São Paulo, Barbara Arvanitidis, de nacionalidade canadense, foi ferida no braço sem gravidade. E a correspondente da CNN Shasta Darlington também sofreu arranhões por causa de uma queda durante a confusão.

Algumas das pessoas que se dispersaram foram para a estação de Tatuapé do metrô, próximo de onde um grupo de empregados do metrô de São Paulo estava concentrado em uma manifestação contra a demissão de 42 trabalhadores da empresa.

Os metroviários, que chegaram a ameaçar com uma paralisação no dia inaugural do Mundial e desistiram, convocaram a categoria para diferentes protestos para exigir que a companhia readmita os funcionários.

A manifestação dos empregados do metrô foi reforçada por vários jovens, muitos deles encapuzados e vestidos de preto, que fazem parte do Black Bloc, um grupo que defende o uso da violência nas manifestações.

Desse novo ponto de concentração dos manifestantes, um grupo tentou novamente avançar para a Radial Leste e a polícia voltou a reprimir os participantes com gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta.

Os enfrentamentos envolveram um pequeno grupo mais radical, que acendeu fogueiras nas lixeiras e protagonizou atos de vandalismo, já que os trabalhadores do metrô e manifestantes de outros grupos preferiram desistir do protesto.

Os manifestantes foram dispersados por volta do meio-dia, quando vários torcedores já começavam a se deslocar rumo à Arena Corinthians.

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