Para ter o apoio da torcida na luta contra o rebaixamento no Brasileiro, o Coritiba abriu mão de R$ 2,2 milhões que poderiam aliviar o caixa deficitário do clube. Em 2015, o Coxa disse não a três propostas para transferir mandos de jogos do Estádio Couto Pereira.
Segundo o presidente Rogério Bacellar, duas propostas eram de R$ 800 mil cada para jogar no Mané Garrincha, em Brasília. A terceira foi feita semana passada à diretoria alviverde: levar o jogo contra o São Paulo, no próximo dia 25, pela 32.ª rodada, à Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).
“Assim que o Alceni [Guerra, vice-presidente] recebeu a proposta de R$ 600 mil para vender o jogo com o São Paulo para Cuiabá, falei para ele nem pensar. Nosso sócio merece respeito e consideração”, diz Bacellar.
O presidente admite que os R$ 2,2 milhões aliviariam consideravelmente o caixa do Coxa. “Com esse dinheiro pagaríamos boa parte da nossa folha”, reconhece.
Entretanto, aponta, não há a menor chance de o time abrir mão do apoio da torcida na luta contra o rebaixamento na reta final do Brasileirão.
“Temos de jogar junto com a nossa torcida. Não podemos simplesmente pensar nisso, mesmo precisando do dinheiro, e esquecer a torcida. Já vamos ficar 21 dias sem jogar em Curitiba. Se aceitássemos essa proposta, ficaríamos 31 dias longe”, reforça o cartola.
O Coxa está na 16.ª posição na tabela, com 33 pontos, dois a mais do que o Goiás, primeiro time na ZR.
Bacellar assumiu a presidência em janeiro com uma dívida de aproximadamente R$ 200 milhões. Só no ano fiscal de 2015, o clube opera com um rombo de R$ 15 milhões.
Nesta semana, a diretoria coxa, junto com a do Atlético, vai se reunir com a cúpula da Caixa Econômica Federal para renovar o patrocínio na camisa. A expectativa de Bacellar é de que o Coritiba obtenha um contrato melhor com o banco estatal.
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