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Após o sucesso, o desmanche. O Atlético teve um ano memorável em 2013, terminando o Campeonato Brasileiro em terceiro lugar e chegando à final da Copa do Brasil. Contrariando as expectativas do torcedor, a decisão do presidente Mario Celso Petraglia foi pelo desmanche da base ao fim da temporada. Entre dispensas, perdas em opções de compra e negociações, o Furacão ficou sem oito jogadores e o técnico Vagner Mancini.

Não é possível saber como teria sido o 2014 do Furacão caso a base tivesse sido mantida. Mas, avaliando o desempenho de quem deixou o clube, o balanço parece bastante favorável a Petraglia.

A dispensa de Paulo Baier pelo Criciúma, na quinta-feira(20), reforçou um 2014 difícil para quem brilhou no Atlético de 2013. Rebaixamento, contusões e ostracismo rondam quase todas as peças trocadas no desmanche rubro-negro. Uma onda que só não engoliu Manoel, prestes a ser campeão brasileiro, e Éverton, melhor jogador de um Flamengo que, ainda assim, passou o ano tentando fugir da zona da confusão no Brasileiro. A Gazeta do Povo fez um balanço de todos os jogadores que foram colocados para correr ou o Furacão deixou escapar desde o fim de 2013.

Léo (lateral-direito)

Um dos destaques na última temporada, o lateral não pertencia ao Atlético. Após uma negociação polêmica com o Vitória, o Furacão perdeu o jogador para o Flamengo, caso levado à Justiça. No Rio, chegou a dividir espaço com Léo Moura, mas uma luxação dos tendões da fíbula, sofrida em abril, fez com que uma cirurgia fosse necessária. Sofrendo com seguidos problemas musculares, Léo não conseguiu se firmar, e atualmente é reserva no Fla.

Luiz Alberto (zagueiro)

O veterano defensor foi uma das referências na retaguarda do Atlético, mas não teve seu contrato renovado por Petraglia. Em fevereiro, acertou com o Náutico para a disputa da Série B, mas no mês seguinte sofreu uma ruptura parcial do ligamento cruzado anterior do joelho direito. Retornou aos gramados apenas em outubro, e ainda não sabe se renovará com o Timbu para 2015.

Manoel (zagueiro)

Ao contrário de seus colegas, Manoel faz boa temporada no Cruzeiro. O defensor acabou negociado com os mineiros em junho, após um período de atritos com a diretoria do Atlético, que chegou a afastá-lo. Em Belo Horizonte, começou na reserva, mas conquistou seu espaço. Hoje, integra a zaga celeste e atua com frequência, ao lado de Dedé, Léo ou Bruno Rodrigo. Está muito próximo de levar o título do Campeonato Brasileiro.

Pedro Botelho (lateral-esquerdo)

Emprestado ao Atlético-MG, Botelho sofreu uma lesão muscular antes mesmo de sua estreia. No primeiro jogo, novo problema, que o deixou afastado até o início do Campeonato Brasileiro. Quando conseguiu se firmar como titular, sofreu um grave estiramento no músculo posterior da coxa esquerda, na partida contra o Palmeiras, no fim do primeiro turno. O retorno aconteceu apenas na 33.ª rodada.

Bruno Silva (volante)

O volante estava emprestado pela Ponte Preta, mas o Atlético optou em não adquirir o jogador. Acabou na Chapecoense para a disputa da Série A, onde se firmou como titular. É um dos destaques do meio-campo catarinense, e foi o grande nome na goleada por 4 a 1 sobre o Fluminense, no Maracanã, tendo marcado dois gols.

Éverton (meia)

Mais um atleta que estava no Atlético por empréstimo, e mais um caso no qual o Flamengo levou a melhor após uma tentativa de negociação entre o Furacão e o clube detentor dos direitos do meia (no caso, o mexicano Tigres). No Rio de Janeiro, o armador se firmou como titular, fazendo boas atuações e se tornando um dos destaques do time. Mas, contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil, ficou marcado por comemorar de forma provocativa o gol inaugural do jogo em Belo Horizonte. O Fla levou a virada, perdeu por 4 a 1 e foi eliminado da competição.

Paulo Baier (meia)

A saída de Baier causou polêmica e desagradou boa parte da torcida do Atlético. O veterano acertou com o Criciúma, clube pelo qual já havia tido uma passagem marcante. Em Santa Catarina, se tornou um dos destaques no primeiro semestre, mas perdeu muito espaço no decorrer da temporada. Acabou dispensado do clube na quinta-feira, em meio à crise que praticamente rebaixou o Tigre para a Série B de 2015.

Ederson (atacante)

O artilheiro do último Brasileirão permaneceu no Atlético para 2014, mas nem de longe repetiu as boas atuações do ano anterior. Uma fraca participação na Libertadores e um Brasileirão muito abaixo das expectativas, tendo sido substituído em todas as partidas em que esteve presente. Com apenas um gol marcado, acabou emprestado em julho ao Al Wasl, dos Emirados Árabes.

Vagner Mancini (técnico)

Mancini não teve seu contrato renovado após uma discussão com Petraglia, causada pela derrota na decisão da Copa do Brasil. Em abril, foi confirmado no comando do Botafogo, para a disputa do Campeonato Brasileiro. O treinador, desde então, convive com atrasos salariais, protestos da torcida e dos jogadores e afastamentos. O resultado em campo não poderia ser pior: com apenas 33 pontos, o Fogão corre sério risco de cair, e Mancini pode ir para o buraco junto.

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