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Pachequinho responde torcedores ilustres do Coxa. | Antônio More/Gazeta do Povo
Pachequinho responde torcedores ilustres do Coxa.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Nos últimos passos da escalada alviverde para escapar do rebaixamento, coube ao ídolo Pachequinho a missão de comandar o Coritiba. Missão difícil, mas com aparente aprovação dos alviverdes, especialmente pela brilhante passagem do ex-atacante pelo clube, nos anos 90. Diante disso, a Gazeta do Povo selecionou torcedores do Coxa para sabatinar o técnico. Com a palavra, os sofredores do momento.

Gustavo Fruet, prefeito de Curitiba

Henry Milleo/Gazeta do Povo

Qual o maior desafio nesses quatro jogos restantes para salvar o Coritiba do rebaixamento?

O desafio que temos é a mobilização que todos temos de ter. Tanto jogadores, diretoria, torcida, imprensa, o povo paranaense que tem que estar abraçando essa causa porque cada jogo é importante, é uma decisão, um jogo de Copa do Mundo, uma final. E esse espírito de otimismo, confiança e superação que temos de ter. Sabemos que vamos enfrentar adversários que também estão em campanha contra o rebaixamento ou para classificar à Libertadores, então é superação a todo momento e focar jogo por jogo. Todos tem de estar com o pensamento positivo para que a gente conquiste vitórias e sai dessa zona de rebaixamento.

Maurício Shogun, lutador de MMA

Walter Alves

O que o Coritiba precisa fazer para não ficar, ano a ano, lutando contra o rebaixamento? Ah, e aquele gol olímpico contra o Paraná, em 1991, foi premeditado?

O que a gente precisa é, primeiramente, conseguir fazer um grande número de pontos no início do Brasileiro. Justamente porque as equipes estão em transições, mudanças de treinador e algumas ainda não entraram no ritmo da competição. Então o início é muito importante para ter uma tranquilidade na sequência. E também resgatar o fator vitórias em casa. O Coritiba sempre foi muito forte jogando em casa e, em alguns momentos, tem tido uma dificuldade de se impor e ganhar os jogos em casa.

O gol olímpico foi uma coisa que a gente treinava bastante. Sempre bati escanteio forte e fechado para que se a bola desviasse em alguém, ficaria difícil a defesa. E também, caso entrasse a curva, a dificuldade para o goleiro defender. Em muitas vezes nos treinamentos eu conseguia fazer o gol olímpico dessa forma… Um pouquinho de sorte, de treinamento e repetição foram os fatores.

Gerson Dalla Stella, goleiro campeão paranaense em 89

Divulgação/Acervo pessoal

Coritiba trabalhou errado as contratações nesse ano. Tirando o Wilson, você não acha que essa reta final é hora para dar espaço para os garotos da base, como o Juninho, Ícaro, Evandro e Rafhael Lucas?Não seria melhor confiar na rapaziada que está com fome ao invés daqueles que no fim do ano vão embora?

No futebol é muito importante você ter, junto com esses atletas novos, nomes mais experientes para que possam ajudar na evolução e formação como profissionais. A gente tem um grupo bacana de garotos da base, eles estão tendo oportunidade, sabem que o momento das oportunidades vai aparecer, e tudo tem seu tempo. Temos de ter equilíbrio com esses garotos até para que a gente não queime eles na hora errada… Concordo que tem que ter garotos da base, mas sei que só com eles não vamos resolver nossos problemas e sim com todo elenco.

Guilherme Straube, historiador do grupo Helênicos

Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Você tem intenção de ser treinador? Em quem você se inspira?

Tenho sim, tenho ambição de ser técnico. Claro que tudo tem seu tempo e seu momento. Estou me preparando para isso, não cai de paraquedas dentro dessa oportunidade porque já trabalhei de treinador nas categorias de base do clube e venho acompanhando a equipe profissional, na área de observação técnica, já há algum tempo.Isso facilitou também para as minhas tomadas de decisão. E a referência que tenho de treinador não poderia deixar de citar o Dirceu Krüger, que foi meu treinador diversas vezes, uma pessoa da casa, e que entendia nós garotos da base. Foi um treinador que me ajudou muito.

Luciana Andrade, modelo e ring girl do UFC

Divulgação/UFC

Qual o seu plano de ação caso o Coxa escape ou não do rebaixamento?

Olha, a gente precisa pensar jogo por jogo. Temos quatro partidas importantíssimas, cada jogo é uma decisão para nós. Então cabe a nos agora pensar e focar no jogo. Esperar as coisas para o futuro fica mais a cargo da direção do clube em definir suas metas e planejamento para o próximo ano.

Jairo, goleiro campeão brasileiro em 85

Hugo Harada

Primeiro, gostaria de parabenizá-lo por comandar o time nesse momento. Queria saber se você está tendo alguma dificuldade na transição de observador técnico para a função de treinador. Está levando numa boa a adaptação com o plantel?

Nessa transição de observador técnico e observador, a sorte é que eu já tinha atuado como treinador nas categorias de base do Coritiba. E também por conhecer praticamente todo o elenco, facilitou muito entre nós da comissão e os jogadores. Então não teve dificuldade por esses fatores que contribuíram para que a gente pudesse comandar tranquilamente a equipe.

Diogo Portugal, humorista

Marina Santos

Como passar para os jogadores a habilidade e raça que você demonstrava em campo? Você se lembra de ter jogado futsal comigo na AABB, no início dos anos 80?

Eu lembro de um garoto que era brincalhão, que tirava sarro de todo mundo, que contava piada. E era muito divertido o nosso treino porque tinha esse brincalhão aí. Mas não sei se é você porque faz muito tempo, uns 30 anos. Mas se era você, tive a honra de jogar futebol de salão com Diogo Portugal.

Com relação a outra questão, a gente passa confiança, coragem. Arriscar sempre é importante, desde que com responsabilidade. Então sempre passo um pouco para os mais jovens para eles também terem esse lado de jogador habilidoso, corajoso, no um contra um ofensivo. São coisas importantes do futebol porque você acaba desestabilizando o adversário e abrindo a defesa.

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