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“Eu sou penta”: Vanderlei vibra ao defender o pênalti do equatoriano Guerrón, observado ao fundo pelo goleiro atleticano Rodolfo | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
“Eu sou penta”: Vanderlei vibra ao defender o pênalti do equatoriano Guerrón, observado ao fundo pelo goleiro atleticano Rodolfo| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

"Fazia 39 anos que o Cori­­ti­­ba não conseguia este tricampeonato. Vamos ficar mar­­cados na história."

Vanderlei, goleiro do Coritiba.

"Está parecendo o meu primeiro título. A gente chega, se identifica e torce para que as coisas aconteçam. Eu sempre disse que não vim para me tornar ídolo, mas sim para passar o que vivi na carreira."

Lincoln, meia do Coritiba.

"É uma agonia muito grande, não dá para aguentar ficar ali atrás assistindo aos pênaltis. Mas foi bom para ficar pertinho e torcer."

Tcheco, meia do Coritiba.

"Pedi para o Marcelo [Oliveira] para cobrar o último, estava muito confiante. Tive a chance que eu queria e não desperdicei. Fico muito feliz de poder ter ajudado no tricampeonato."

Éverton Ribeiro, meia do Coritiba.

Em 90 minutos, Vanderlei mudou o estigma de um goleiro que falhou em uma final de campeonato para tornar-se o herói do tricampeonato do Coritiba. Mais do que isso. Com o título coxa-branca, ele é o único atleta pentacampeão paranaense no Alto da Glória, já que levantou a taça com o Paranavaí (2007), além do Coxa (2008, 2010, 2011 e 2012).

A façanha de ontem ocorreu graças ao resultado da disputa do título nos pênal­­tis e da defesa na quarta cobrança atleticana de Guerrón. Vanderlei já tinha tido a oportunidade de parar a primeira batida de Alan Bahia, mas faltou a sorte que sobraria depois. Ele chegou a espalmar a bola, que caprichosamente morreu no fundo da rede.

Para defender o chute do equatoriano, Vanderlei estava mais preparado. Aconselhado pelo amigo e reserva Édson Bastos, o camisa 1 coxa-branca soube que o atacante do Furacão a cada cobrança batia em um canto diferente. A última vez tinha sido no direito do goleiro (9.ª rodada, ante o Arapongas) e Vanderlei não pensou duas vezes para cair no esquerdo e fazer o Couto Pereira explo­­dir de alegria.

"Fazia 39 anos que o Cori­­ti­­ba não conseguia o tricampeonato. Vamos ficar mar­­cados na história", comemo­rou o goleiro. Atleta que mais jogou pelo Coritiba neste Pa­­ranaense, tendo atuado em 23 dos 24 jogos da campanha vitoriosa, o camisa 1 nega que seja o "herói" da conquista. "Não só eu. Todos contribuíram para isso".

Após uma semana em que não deu entrevistas, o arqueiro assumiu que falhou no lance do segundo gol atleticano na primeira partida da final do Paranaense, na Vila Capanema. "O erro foi meu. Não vai ser o primeiro nem o último", argumentou. "Mas fomos campeões. Vencemos por merecimento", completou, lembrando dos cinco títulos no Estadual. "Penta e em tão pouco tempo...".

Após o 0 a 0 no tempo regulamentar, outro que fica marcado também como responsável pelo tricampeonato é Éverton Ribeiro. Titular apenas nas últimas rodadas do Paranaense, o camisa 10 da finalíssima foi o responsável pela última cobrança de pênalti que definiu o título alviverde.

O meia contou que pediu para ser o quinto cobrador, mas que não tinha a menor ideia do que se passava na sua cabeça quando foi cobrar a penalidade máxima, enquanto mais de 20 mil pessoas gritavam o seu nome. Mesmo assim, ele fez questão de lembrar que o domingo do Dia das Mães acabou se tornando feliz para todos os alviverdes. "Hoje nós mostramos do que somos capazes", desabafou. "Foi emoção até o final. Matamos uns coxas-brancas do coração. Agora é só comemorar o tricampeonato", disse. É a segunda vez que o Alviverde chega ao tricampeonato em 102 anos.

Um dos que quase tiveram um problema de saúde foi o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade. O dirigente contou que sofreu com as penalidades máximas e que seria melhor se estivesse em campo. "Pênalti é loteria. Eu preferia ter marcado com o [presidente do Atlético, Mario Celso] Petraglia para ver quem é melhor", alfinetou, lembrando do tradicional clichê de que o pênalti é tão importante que quem devia bater é o dirigente maior do clube.

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