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O zagueiro Erazo, do Grêmio, festeja o primeiro gol do Equador na inesperada vitória sobre a Argentina, fora de casa. | Enrique Marcarian/Reuters
O zagueiro Erazo, do Grêmio, festeja o primeiro gol do Equador na inesperada vitória sobre a Argentina, fora de casa.| Foto: Enrique Marcarian/Reuters

Assim como a seleção brasileira, a Argentina decepcionou em sua estreia nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Jogando em casa, no Monumental de Núñez, o time comandado por Tata Martino sentiu falta de Lionel Messi, machucado, e foi derrotado pelo Equador por 2 a 0, na abertura da competição.

Fora da lista de favoritos para ficar com a vaga ao fim das Eliminatórias, o Equador decidiu a partida em apenas dois minutos no segundo tempo. Em dois rápidos lances, marcou dois gols, com Erazo, zagueiro do Grêmio, e com o atacante Caicedo, aos 35 e aos 37 minutos.

O resultado coroou o bom desempenho dos visitantes ao longo de todo o jogo. O Equador foi ligeiramente melhor na partida e criou as melhores chances de gol, apesar de ter jogadores como Di María e Agüero do outro lado do campo. Di María foi um dos poucos argentinos que se salvaram neste duelo e Agüero se machucou ainda no primeiro tempo. Foi substituído por Tevez, também apagado nesta noite.

Agora a Argentina se prepara para enfrentar um rival mais complicado. Na terça-feira, o adversário será o Paraguai, fora de casa. Já o Equador terá, em tese, uma tarefa mais fácil. Enfrentará a Bolívia, em casa, no mesmo dia.

O jogo

Sem Messi, Tata Martino manteve a formação ofensiva da Argentina, com Ángel Correa complementando o quarteto, ao lado de Di María, Agüero e Pastore. Mas, naturalmente, não poderia ser tão fácil substituir o atacante do Barcelona assim. A ausência dele esvaziou o meio-campo argentino, que não tinha transição.

A equipe de Martino não jogou nesta noite como fazia sob o comando de Alejandro Sabella, de forma compactada e coesa ao longo de toda a partida. Como resultado, foi o Equador quem levou maior perigo, embora sem uma chance mais clara de gol. Bolaños tentou em dois lance seguidos. Aos 24, mandou por cima do travessão. E, dois minutos depois, cabeceou para fora.

Enquanto o Equador se sentia à vontade no ataque, a Argentina fazia esforço para se acertar no setor ofensivo, após perder nova peça importante no ataque. Agüero sentiu dores musculares e precisou deixar o gramado aos 22 minutos.

Tevez entrou em seu lugar, o que só aumentou a distância entre a defesa e o ataque argentino. Di Maria era quem se esforçava para dar combustível ao ataque, geralmente disparando pela direita, sem maiores consequências. Antes do intervalo, a Argentina teve sua melhor chance em cobrança de escanteio em que a zaga equatoriana quase marcou contra, aos 44.

No intervalo, Martino não conseguiu fazer os ajustes necessários no time argentino. E o Equador seguiu ligeiramente melhor. Chegando com mais facilidade, quase abriu o placar em chute de longe de Noboa, que quase encobriu o goleiro Romero, aos 12 minutos. A resposta da Argentina veio aos 16, em finalização perigosa de Di Maria, um dos poucos que se salvavam no jogo. Ele desperdiçou outro bom lance aos 22.

Os raros suspiros do time da casa no ataque foram totalmente ofuscados em dois lances do Equador. Os visitantes, que haviam ameaçado em cobrança de falta que exigira linda defesa de Romero aos 23, definiram o jogo em apenas dois minutos. Aos 35, o zagueiro Erazo, do Grêmio, aproveitou cobrança de escanteio na área e mandou para as redes. Aos 37, Valencia disparou pela direita e cruzou rasteiro da direita para Caicedo só escorar, sacramentando a vitória.

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