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O goleiro Felipe Alves e o preparador de goleiros Marcelo Carpes quando ambos trabalhavam no Audax-SP. | Divulgação/Audax
O goleiro Felipe Alves e o preparador de goleiros Marcelo Carpes quando ambos trabalhavam no Audax-SP.| Foto: Divulgação/Audax

O Paraná fez um baita negócio ao contratar o goleiro Felipe Alves, ex-Audax. Quem garante é o atual preparador de goleiros do time B do Grêmio, Marcelo Carpes, responsável pelos treinos que aproveitaram a habilidade do reforço paranista com os pés para transformá-lo em um moderno goleiro-linha. Parceiro do técnico Fernando Diniz por três anos, ele aposta em um rápido sucesso dos dois no Tricolor.

Todo esse processo de lapidação do camisa 1 começou com um pedido do treinador e exigiu uma série de trabalhos específicos. “Ele [Fernando Diniz] passava o que queria, e eu treinava. Eram muitas saídas de bola, umas 100 por semana, além de toques curtos e longos, vídeos e muita conversa”, explica Marcelo Carpes. “Também são treinadas saídas da área, estouradas de bola, jogo sob pressão e atividades de raciocínio rápido, como a escolha do melhor tipo de passe para cada jogada”, complementa o profissional.

Nesse tipo de estratégia, o goleiro atua mais adiantado, sempre tomando cuidado com a bola por cobertura. A figura do goleiro, normalmente coadjuvante nos treinamentos comuns, é inserida no dia a dia do time. Eles participam ativamente da dinâmica do jogo, como a primeira peça da equipe quando esta tem a posse de bola e como a última quando o adversário prepara o ataque.

Essa transição entre uma função quase exclusivamente exercida com as mãos e uma que envolve o uso relativamente frequente dos pés demanda muito investimento de tempo. É assim, com treinamento exaustivo e repetição, que se molda a adaptação dos goleiros. “Treinamos tanto, repetimos tantas vezes contra o time reserva, que na hora do jogo não parece tão difícil. Se cria uma confiança muito grande. As pessoas acham que é arriscado sair tocando. Para quem sabe e treina, não é”, avalia.

De acordo com o preparador de goleiros, Diniz sabe aproveitar bem esse tipo de coringa em campo. “Quando o time ataca, o goleiro sai da área. Quando volta, compõe. Se precisar de um passe, sabe o que fazer. É um quarto zagueiro”. O estilo de jogo do goleiro e do sistema defensivo como um todo levaram o Audax, segundo Carpes, a não tomar nenhum gol de bola parada, nem de fora da área, no Paulistão.

Especificamente sobre Felipe Alves, Carpes não poupa elogios. “Foi uma bela aquisição, se não para agora, por causa do Marcos, para o futuro. É muito bom goleiro, trabalhador e técnico. Tem força, é inteligente e diferenciado.”

Apesar da parceria com Diniz, Carpes garante que não foi procurado pelo Paraná para assumir a preparação de goleiros.

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