De azarão a favorito. De favorito a azarão. A sina do brasileiro Junior Cigano dos Santos diante do norte-americano Cain Velásquez acaba hoje, no UFC 166, em Houston (EUA).
Após nocautear o rival e conquistar o cinturão dos pesos-pesados (até 120 kg) na primeira luta, em 2011, o catarinense foi castigado no segundo duelo e perdeu o título por decisão unânime, ano passado. Agora, novamente como zebra, o catarinense radicado na Bahia tenta sair por cima no fim da trilogia.
Para isso acontecer, Cigano aposta na arma responsável por 75% de suas 12 vitórias como profissional. "Nocaute é a minha primeira estratégia. Gosto sempre de nocautear todo mundo. Estou preparado para isso novamente no sábado. Se a mão entrar, ele desce", prevê o lutador, que solta, em média, 5,46 golpes por minuto, com 49% de acerto.
Descendente de mexicanos, Velásquez não terá somente a maioria da torcida do Texas a seu favor. Com um histórico vencedor no wrestling (luta olímpica) universitário norte-americano e uma mão também muito pesada 10 nocautes na carreira , o campeão já provou que tem as ferramentas para dominar o brasileiro. Seu condicionamento físico, considerado um dos melhores do UFC, é outra vantagem, principalmente se conseguir repetir o confronto de dezembro de 2012, quando uma sequência de socos bem conectada logo no primeiro round minou o jogo de Cigano nos quatro assaltos restantes.
"Acertar na estratégia é importante. É preciso conhecer o adversário. Baixar a guarda foi um erro que o deixou em vantagem. Mas, agora, conheço-o mais e estou muito preparado", fala o azarão, que pode investir também nos chutes, mesma fórmula usada para nocautear o neozelandês Mark Hunt em maio. "Tenho algumas surpresas, mas não sei se vou usar. Se der, eu uso alguma coisa. Mas vou vencer a luta", garante.
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