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Foi doloroso para o torcedor, porém todos sabiam das dificuldades de reverter a vantagem obtida pelo Palmeiras. Na verdade, o melhor momento do Coritiba nas finais foi durante o primeiro tempo em Barueri, quando poderia ter feito o escore e praticamente liquidado a fatura. As falhas individuais nas finalizações de pelo menos três gols perdidos frente a frente com o goleiro Bruno foram fatais, agravadas pelos equívocos da arbitragem e os gols sofridos.

Anteontem, o Coritiba decepcionou, especialmente na etapa inicial, quando mostrou-se contido. Alguns apontaram a lentidão do ala Jonas como um dos fatores; outros a ausência de Tcheco, que qualifica o passe e valoriza a posse de bola; ou mesmo o fato de Marcelo Oliveira não ter iniciado com Lincoln, que apresenta mais qualidade técnica do que a maioria dos atacantes.

Forte no conjunto, mas com capacidade reduzida no plano individual, o Coritiba ameaçou pouco. Aliás, os dois times foram semelhantes, tanto que os quatro gols nas finais surgiram em lances de bola parada. Revelou equilíbrio e o nivelamento técnico dos times que decidiram o título.

Felipão foi o grande vencedor, pois, ao contrário de Leão, que possuía elenco mais categorizado e com atacantes perigosos e foi eliminado, armou muito bem o sistema defensivo, usou com inteligência os contra-ataques e, sobretudo, contou com a impressionante capacidade de Marcos Assunção nas cobranças de falta.

Com espírito guerreiro e sabendo administrar a vantagem, o Palmeiras saiu-se melhor, além de ter contado com boa dose de sorte ao conseguir empatar, poucos minutos depois do magistral gol de Ayrton – mais uma contratação criteriosa e precisa da diretoria coxa-branca.

Com a abertura do placar, o Coritiba estava armando o cerco em torno da grande área palmeirense para a marcação dos gols necessários. O empate, entretanto, abateu os jogadores, que entenderam a dramaticidade da situação e não ofereceram mais perigo ao novo campeão que despontou no gramado molhado do Alto da Glória.

A torcida precisa entender que não é feio ser vice de um torneio com os desafios e a magnitude da Copa do Brasil. Feio é não conseguir realizar um trabalho que conduza a equipe aos títulos e às classificações alcançadas pelo Coxa nos últimos três anos.

Rodada

O Paraná jogou bem, mas foi infeliz com o Vitória e voltou reclamando da arbitragem. A arbitragem brasileira virou um caos. Amanhã, pela Série B, o Atlético enfrentará o ABC lutando para manter-se na faixa intermediária da classificação. Vamos verificar os novos contratados, pois só eles e a nova comissão técnica podem dar forma e conteúdo ao time. E o Coritiba terá de encontrar ânimo para o difícil jogo com a Ponte Preta, em Campinas.

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