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Minho obteve destaque no Rio Branco e acabou contratado pelo Tricolor. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Minho obteve destaque no Rio Branco e acabou contratado pelo Tricolor.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Surpresa do Paraná na Série B, o atacante Minho retorna de suspensão para ser titular contra o ABC, neste sábado (12), às 16h30, na Vila Capanema, pela 20.ª rodada. E o jogador de 25 anos tem uma história incomum no universo da bola.

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A começar pelo nome. Franzino e de pernas finas, Guilherme era chamado de Guilherminho, e daí vem apelido de Minho, escolhido pela avó ainda quando criança. Mas diferente da maioria dos jogadores, o atacante se profissionalizou somente há duas temporadas, com 23 anos, e não passou pelas categorias de base de nenhum clube profissional.

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Na verdade, o seu futuro estava sendo encaminhado para bem longe dos gramados e o sonho só se tornou realidade graças à um DVD que ele próprio produziu. Com quatro gols na Série B pelo Tricolor, Minho chamou a atenção do Paraná no início da temporada quando disputou o Paranaense pelo Rio Branco.

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“Eu fui parar em Paranaguá por causa de um DVD que eu mesmo fiz. Paguei um pessoal para editar e um empresário viu e gostou. Ele enviou para o Rio Branco e então veio o convite para eu jogar o Estadual. Depois surgiu essa oportunidade no Paraná”, comemora Minho.

Mas tudo começou nos campinhos de terra em Coaraci, pequena cidade de 20 mil habitantes do interior da Bahia. Dono de uma pequena distribuidora junto com irmão, Minho era entregador de água. Até que com 19 anos, ele recebeu o convite para jogar no futebol amador. Foram quatro anos rodando a ‘suburbana baiana’ por diversas cidades do interior até surgir a primeira chance de verdade.

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“Era meu sonho jogar futebol e sempre tem olheiro das equipes profissionais nos torneios amadores. Há três anos, eu estava em Itajuípe e foi meu melhor ano no amador. Fiz nove gols em 18 jogos, fui artilheiro do time e campeão. Aí o Colo Colo me convidou para jogar a segunda divisão do Baiano”, explica Minho.

Depois, o atacante jogou a divisão de elite do Baianão pelo Galícia e teve breve passagem pelo Campinense, na Paraíba, antes de se aventurar no futebol paranaense. Agora o sonho do atacante é ajudar a mãe, que trabalha como diarista em São Paulo desde que ele era criança.

“Eu fui criado pelos meus avós e minha mãe foi trabalhar para ganhar dinheiro. Sempre que eu consigo vou lá visita-la. Meu sonho é poder ajudar a ela, mas ainda não consegui. Mas pode ter certeza que vou trabalhar para isso”, planeja o atacante.

Ficha técnica

Paraná: Richard; Cristovam, Eduardo Brock, Iago Maidana e Igor; Leandro Vilela, Gabriel Dias (Zezinho) e Renatinho; Minho, Robson e Alemão. Técnico: Lisca.

ABC: Edson; Bocão, Márcio Passos, Cleiton e Levy; Anderson Pedra, Zotti, Erivélton e Gegê (Vitor Júnior); Dalberto e Fabinho. Técnico: Márcio Fernandes.

Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP).

Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Herman Brumel Vani (SP).

TV: Premiere.

Fique de olho

Alemão

Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Ainda sem estar 100% fisicamente, o atacante está em alta. No último duelo na Vila, marcou dois gols de fora da área e sua presença ofensiva será determinante para o Paraná seguir como melhor mandante da Série B diante do vice-lanterna.

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