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Comissão Atlética de Nevada negou contraprova do exame de doping a Anderson Silve | efe
Comissão Atlética de Nevada negou contraprova do exame de doping a Anderson Silve| Foto: efe

Finanças

Patrocinadores mantêm apoio a lutador brasileiro

Os parceiros comerciais de Anderson Silva decidiram dar um voto de confiança ao brasileiro, que foi pego no antidoping antes da luta principal do UFC 183, em Las Vegas.

Para a luta do último sábado (31), o Spider contou com cinco patrocinadores: Suco do Bem, Hotel Urbano, Furnas, Budweiser e Viber. E todos eles evitaram pular do barco neste momento. O Hotel Urbano, por exemplo, divulgou uma nota em auxílio ao lutador. "O Hotel Urbano confia na integridade e profissionalismo do seu patrocinado e acredita que este episódio será devidamente esclarecido o mais breve possível", comunicou.

Furnas fez um patrocínio pontual para o combate do UFC 183 e explicou que Anderson Silva é um embaixador de um programa educativo da empresa. Já a Budweiser, principal marca do atleta e que também patrocina o reality show The Ultimate Fighter Brasil, prefere esperar para se posicionar.

A primeira estratégia de Anderson Silva para se defender do doping foi nocauteada nessa quinta-feira (5) pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC), órgão regulador do MMA em Las Vegas, local da luta contra o americano Nick Diaz, no sábado passado. O estafe do lutador brasileiro pleiteava a realização da contraprova em outro laboratório. A NSAC, porém, negou a requisição e manteve a segunda análise a cargo do Medicine Research & Testing Laboratory, de Salt Lake City, no estado de Utah.

Spider foi flagrado com drostanolona e androsterona, ambos esteroides anabolizantes, no dia 9 janeiro, três semanas antes de seu retorno ao octógono após 13 meses afastado por causa de uma grave lesão na perna. A coleta aconteceu dentro do padrão exigido pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e as amostras chegaram ao laboratório, que tem a chancela da entidade, três dias depois.

Como os resultados, que costumam demorar dez dias para serem divulgados, levaram 17 dias para chegar ao público, a defesa do ex-campeão quis colocar as análises em cheque. A tática não funcionou. A defesa continuará apostando na tese de "falso positivo" causado por um anti-inflamatório.

"O risco de erro de um laboratório credenciado é bem pequeno. A idoneidade deles é exemplo para nós", afirma o médico paranaense Daniel Carvalho, membro da Comissão Atlética Brasileira (CABMMA). "Mas para ter certeza absoluta temos de esperar a contraprova", completa.

O protocolo para coleta de urina, onde foi detectada a ilegalidade, é padrão. Em uma sala, o lutador escolhe um dentre vários kits de teste lacrados. Então, sob observação de um médico, recolhe os exemplares, sendo cerca de 50 ml para a amostra A e a mesma quantidade para a amostra B, que serve de contraprova.

O próprio lutador lacra o exame e o coloca em um recipiente inviolável. Não há identificação visível com o nome de quem fez o exame.

Se confirmado o doping, Anderson deve pegar uma suspensão preventiva até o julgamento do caso, o que pode demorar alguns meses. Ao todo, o paulista radicado em Curitiba pode ser impedido de competir nos Estados Unidos por um ano – o lutador começará a ser ouvido pela NSAC no dia 17 de fevereiro.

"As duas substâncias servem para recuperação muscular, para ter uma melhora no rendimento antes e depois dos treinos. Elas saem do organismo em cerca de duas semanas", explica Carvalho.

O UFC faz controle antidoping desde 2000, mas apenas para drogas recreativas. Em 2008, o evento começou a fazer testes aleatórios para esteroides e outras substâncias. Só a partir de agosto do ano passado, contudo, o evento passou a pagar por exames para todos os atletas, inclusive alguns sem aviso prévio.

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