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70 anos da morte de Stálin
Saiba mais de Joseph Stálin na semana que marca os 70 anos de sua morte.| Foto: Eli Vieira com Midjourney

Esta semana marca o aniversário de 70 anos do funeral de Joseph Stálin, o ditador marxista que governou a União Soviética durante a II Guerra Mundial e o ponto alto de seu estado de terror.

Stálin, que seguiu os passos sanguinários de Vladimir Lênin, sofreu um derrame cerebral e morreu na datcha de Kuntsevo [sua residência] em 5 de março de 1953 aos 74 anos. Um funeral de Estado em Moscou aconteceu dias depois — em 9 de março — e, à moda típica soviética, até o velório virou desastre. Quando centenas de milhares de cidadãos soviéticos compareceram para “prestar suas condolências” (mais provável era que estavam com medo de chamar a atenção da polícia por não comparecerem; o nível de medo e paranoia na URSS era grande, como mostra comicamente o clipe abaixo do filme de 2017 “A Morte de Stálin”), ocorreu um tumulto que matou centenas de pessoas, talvez milhares.

“Os soviéticos suprimiram a notícia”, noticiou a revista Vanity Fair décadas depois.

Foi um final trágico, mas apropriado para o reinado macabro de Stálin.

Os historiadores soviéticos mais tarde estimariam que cerca de 20 milhões de civis morreram sob o regime de Stálin por fome, execuções, coletivização forçada e em campos de trabalhos forçados.

Apesar dessas atrocidades, a agência Reuters recentemente publicou um artigo explorando o legado “misto” de Stálin sobre as nações que ele aterrorizara.

“Por que eu deveria ter uma postura ruim contra Stálin?”, um morador de Moscou identificado somente como Andrei disse à Reuters, explicando que o ditador soviético deveria ser louvado por causa de suas conquistas de tempos de guerra.

Os leitores, obviamente, podem determinar por si mesmos se Stálin foi um herói comunista ou um tirano maligno. Acreditamos que os registros históricos falam por si, mas eis algumas citações (com fonte) do próprio Tio Joseph que podem ajudar os leitores a decidirem que tipo de homem Joseph Stálin foi.

  1. “As ideias são muito mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, por que deveríamos permitir que tenham ideias?” Fonte: Quotations for Public Speakers: A Historical, Literary, and Political Anthology, de Robert G. Torricelli.
  2. “A morte é a solução para todos os problemas. Sem gente, sem problema.” Fonte: The New York Times, 1989.
  3. “A gratidão é uma doença de que sofrem os cachorros.” Fonte: Stalin’s Secret War (1981), de Nikolai Tolstoy.
  4. “Considero completamente desimportante em quem o partido vai votar, ou como; mas o que é de grande importância é isso: quem vai contar os votos, e como.” Dito em 1923. Fonte: Memórias de um Ex-Secretário de Stálin, de Boris Bazhanov(disponível online em russo).
  5. “A educação é uma arma cujo efeito depende de quem a maneja e para quem é apontada.” Entrevista a H. G. Wells, 1934.
  6. “A imprensa precisa crescer dia e noite. Ela é a arma mais afiada e mais poderosa do nosso Partido.” Discurso no 12º Congresso do Partido Comunista Russo (Bolchevique), 19 de abril de 1923.
  7. “Os comunistas se baseiam na rica experiência histórica que nos ensina que as classes obsoletas não abandonam voluntariamente o palco da história.” Entrevista a H. G. Wells, 1934.
  8. “Uma única morte é uma tragédia; um milhão de mortes é uma estatística.” Fonte: Quote Investigator.
  9. “Afirmar que queremos fazer uma revolução em outros países, interferir em suas vidas, significa afirmar uma inverdade, e algo que nunca defendemos.” Entrevista a Roy Howard, presidente dos Jornais Scripps-Howard, três anos antes de ele fazer um acordo com Hitler para invadir a Polônia.
  10. “A alegria é a característica mais sobressalente da União Soviética.” Stálin, em 1935 (a frase, dita sem ironia, mais tarde inspiraria uma exibição popular de arte soviética).

Frase bônus

“Na verdade, não há fome, ou mortes por fome... Para dizer de forma bruta, não se pode fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos.” Essa citação é com frequência atribuída erroneamente a Stálin, mas na verdade pertence a Walter Duranty, um simpatizante de Stálin do New York Times, que disse essas palavras em março de 1933, no ápice do Holodomor ucraniano, uma fome artificial que matou milhões.

©2023 Foundation for Economic Education. Publicado com permissão. Original em inglês.

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