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1 - O Reino Unido já tem um plano para sair da UE?

Em maio, as autoridades britânicas admitiram que não havia um plano de contingenciamento para a saída da UE. Mais tarde, o ministro de Finanças, George Osborne, afirmou que o governo estava pronto para lidar com a instabilidade financeira após o plebiscito, mas acrescentou que sair do bloco europeu será um trabalho complexo.

2 - Há pessoal qualificado para fazer a transição?

Provavelmente não. O ex-principal assessor da Secretaria de Relações Exteriores, Simon Fraser, disse à rádio BBC duvidar que haja “mais de uma dúzia a 20 servidores britânicos com experiência real em negociações comerciais”. Durante anos, o Reino Unido não precisou deles, uma vez que esta tarefa era realizada pela UE.

3 - A atuação do Parlamento em outras áreas será afetada?

Andrew Cahn, ex-chefe de Comércio e Investimento do Reino Unido e favorável à permanência na UE, disse que o serviço público enfrenta hoje seu maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, o esforço legislativo necessário para criar as políticas domésticas em substituição às europeias “vai preencher a agenda legislativa até onde o olho alcança”. É claro que haverá outras leis e prioridades. O governo continuará. Mas achar tempo no governo e no Parlamento será mais desafiador do que antes.

4 - Já se sabe como será a saída do Reino Unido?

Não há detalhes, porque não se sabe quem estará no poder. A principal decisão sobre quando iniciar o período de dois anos de negociações para o Brexit - a invocação do Artigo 50 - será tomada pelo novo premier. O movimento pró-saída elaborou um plano de ação no início do mês, rejeitando o Ato das Comunidades Europeias, de modo que a UE não faça mais parte da legislação britânica até o fim da década.

5 - E se as regras da UE caducarem?

Uma ideia é reescrever as regulações da UE que tratam de tudo - de alimentos geneticamente modificados a aspiradores de pó - na legislação britânica, de modo que o Parlamento possa alterar ou anular a seu tempo após o Brexit. Simon Gleeson, sócio do escritório de advocacia Clifford Chance, afirma que este passo será necessário, pois “não pode haver vácuos no sistema legal”.

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