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O líder “interino” de Burkina Faso, capitão Ibrahim Traoré, cumprimenta o ditador russo, Vladimir Putin, em encontro em São Petersburgo em julho de 2023
O líder “interino” de Burkina Faso, capitão Ibrahim Traoré, cumprimenta o ditador russo, Vladimir Putin, em encontro em São Petersburgo em julho de 2023| Foto: EFE/EPA/ALEXEY DANICHEV/SPUTNIK/KREMLIN

O governo de Burkina Faso suspendeu as estações de rádio da britânica BBC e da Voz da América, serviço de radiodifusão financiado pelo governo dos Estados Unidos, porque ambas noticiaram a divulgação de um relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) sobre execuções em massa de civis praticadas pelo Exército do país africano.

Segundo informações da Associated Press (AP), o governo de Burkina Faso suspendeu por duas semanas as duas rádios e advertiu que outros órgãos de imprensa também não deveriam divulgar informações sobre o relatório.

O documento havia sido divulgado na quinta-feira (25) pela HRW, que relatou que o Exército matou 223 civis, incluindo 56 crianças, em aldeias acusadas de cooperar com militantes dissidentes.

Burkina Faso vive uma crise de segurança desde 2015, e a atuação de grupos jihadistas e disputas de poder já levaram à morte de mais 20 mil pessoas e o deslocamento de mais de 2 milhões de burquinenses. O país passou por dois golpes de Estado em 2022.

Diante da crise de segurança, o país se afastou da França, de quem foi colônia, e se aproximou da Rússia em busca de ajuda militar.

Na semana passada, o governo de Burkina Faso anunciou a expulsão de três diplomatas franceses por suposta participação em “atividades subversivas”.

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