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A América Latina tentava nesta quarta-feira acelerar o envio de ajuda ao Haiti, depois do pior terremoto em mais de um século na empobrecida nação caribenha, enquanto países como o Brasil lamentam a morte de soldados e civis na tragédia.

Brasil, Cuba, Chile, Equador, Guatemala, México, Peru, Venezuela e até países pobres como Honduras e Nicarágua anunciaram o envio imediato de equipes de resgate, alimentos e remédios para o Haiti, onde dezenas de milhares de pessoas podem ter morrido por causa do tremor de terça-feira, de magnitude 7.

O primeiro auxílio a chegar ao Haiti, na quarta-feira, foi um comboio de 12 caminhões da vizinha República Dominicana, que cruzou a fronteira levando alimentos, roupas, remédios e também médicos e equipes de resgate. O governo dominicano disse que hospitais do país estão recebendo feridos vindos do outro lado da fronteira.

Ainda há milhares de pessoas soterradas sob os escombros. O palácio presidencial, a sede local da ONU e milhares de outros edifícios desabaram na capital Porto Príncipe, segundo o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Organização dos Estados Americanos, entre outras entidades, já mobilizaram verbas e equipes para ajudar na avaliação dos danos e em um plano de reconstrução.

"A desgraça voltou a golpear um povo já tão castigado como o haitiano (...) Devemos mostrar nossa solidariedade e apoio de maneira real, efetiva e imediata", disse o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, em nota.

A Venezuela anunciou o envio imediato de 50 especialistas para trabalhos de resgate, o México também mandou equipes de socorro, mas sem citar números, e Cuba ofereceu o envio de médicos além dos que já trabalham no Haiti e instalaram dois hospitais de campanha, segundo o governo.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, disse que enviará ao Haiti uma brigada de técnicos para reparar as redes elétricas, ajudando o trabalho de especialistas de Cuba e Venezuela.

Solidariedade

México e Peru, que sofreram fortes terremotos no passado, previam enviar nas próximas horas várias toneladas de alimentos básicos, enquanto o Chile enviaria um avião da Força Aérea com alimentos, remédios, médicos e socorristas.

O Equador disse que iria enviar, além de remédios e alimentos, equipes de resgate especializados com cães adestrados para a busca de sobreviventes.

O Brasil confirmou a morte de pelo menos 11 militares do país que atuavam na força de paz da ONU no Haiti. A fundadora da Pastoral da Criança da Igreja Católica, a médica Zilda Arns, que visitava Porto Príncipe, também morreu no terremoto.

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