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Fernando Lugo faz declaração em Assunción sobre pedido de impeachment | AFP PHOTO/Norberto DUARTE
Fernando Lugo faz declaração em Assunción sobre pedido de impeachment| Foto: AFP PHOTO/Norberto DUARTE

A Câmara dos Deputados do Paraguai, controlada pela oposição, aprovou nesta quinta quinta-feira o início de um processo de impeachment contra o presidente Fernando Lugo, após a morte de 17 policiais e camponeses durante um conflito agrário na semana passada.

Lugo, um ex-bispo da religião católica, eleito há quatro anos pelas promessas de defender as necessidades dos pobres, tem tido dificuldades para levar sua agenda de reformas por conta da influência da oposição no Congresso.

Em uma votação nesta manhã, a Câmara aprovou o julgamento de impeachment por 73 votos a favor e 1 contra. Agora, passará ao Senado, que também é controlado pelos adversários de Lugo. Caso seja aprovado, o julgamento de impeachment será realizado no Senado.

Na última sexta-feira, uma operação do governo no nordeste do país para a retirada de sem-terra de uma fazenda particular causou a morte de 11 trabalhadores e seis policiais.

Lugo diz que não renunciará

Após a aprovação da abertura do processo de impeachment, Lugo anunciou que não renunciará. "Este presidente não vai apresentar renúncia ao cargo e se submete com absoluta obediência à Constituição e às leis para enfrentar o julgamento político com todas as suas consequências", afirmou o chefe de Estado em uma mensagem à nação.

"Denuncio ante o povo que sua vontade está sendo alvo de um ataque sem misericórdia de setores que sempre se opuseram à mudança para que o povo seja protagonista de sua democracia", manifestou o presidente.

Lugo acusou os congressistas de terem abandonado a mesura, a reflexão e de levar "a tambor batente" o julgamento para sua destituição. Também afirmou que os opositores "querem roubar a suprema decisão do povo" que o escolheu na eleição de 20 de abril de 2008.

Lugo fez a declaração à nação poucos minutos depois de a Câmara dos Deputados ter aprovado, quase por unanimidade, o julgamento político contra o presidente, acusado de mau desempenho de suas funções.

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