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Equipes de resgate, usando facões para cortar a vegetação, abriram caminho nesta quarta-feira em uma zona pantanosa em busca de corpos nos destroços do Boeing 737-200 da companhia aérea Tans que caiu na Amazônia peruana, matando pelo menos 41 pessoas, entre as quais turistas estrangeiros.

Com água até os joelhos, policiais e bombeiros retiraram cinco corpos dos destroços logo após o reinício das buscas, ao amanhecer. A Tans disse que 57 pessoas sobreviveram ao acidente, mas que não há esperanças de encontrar mais passageiros vivos.

O Boeing levava 92 passageiros e caiu na zona pantanosa que fica a três quilômetros do aeroporto de Pucallpa, onde tentara pousar na noite de terça-feira devido a uma forte tempestade. O destino do avião era a cidade de Iquitos, um popular centro turístico da Amazônia peruana.

- Também encontramos mais cinco sobreviventes, e isso eleva o número para 57. Duas pessoas ainda estão desaparecidas e há 41 mortos - disse Jorge Belevan, executivo da Tans.

A empresa disse que havia 11 americanos, dois italianos, um colombiano, um australiano e uma espanhola a bordo.

As autoridades locais dizem que o saldo de vítimas fatais pode aumentar, por causa das difíceis condições de acesso ao local do acidente, a cerca de 785 quilômetros de Lima.

Um repórter da emissora da TV América disse que os destroços estão espalhados por uma área de 500 metros quadrados.

- É um território muito inacessível. A fuselagem está totalmente destruída. Simplesmente temos de continuar examinando - disse o prefeito da vizinha localidade de Portillo, Luis Aldana.

A Tans informou que o avião, construído em 1983 e alugado de uma empresa sul-africana, fez um pouso de emergência, sem chegar a cair. Especialistas dizem que o mau tempo fez com que os dois pilotos não tivessem praticamente nada a fazer para evitar o acidente.

Cerca de dez minutos antes do pouso, o avião foi apanhado por uma tempestade rara nesta época do ano. Sobreviventes dizem que o Boeing começou a pegar fogo.

- Aqueles ventos cruzados produzem correntes de ar que sobem e descem, e um piloto simplesmente não pode voar sob tais condições - disse John Elliot, presidente da Associação Peruana de Pilotos.

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